A pergunta que não quer calar na Ponte Preta: quando Renato Cajá entrará em campo?

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E o Renato Cajá? A pergunta está presente entre os pontepretanos, seja na vida real ou virtual. Contratado para ser o condutor do meio-campo e reestabelecer a relação do time com as arquibancadas, o camisa 10 não decolou. Convive com lesões e suspeitas até sobre seu peso pairam no ar. O quadro demonstra ainda falhas da diretoria na condução do tema.

Quando foi contratado a diretoria da Macaca deveria saber que Cajá se tratava de um jogador especial. Pelo menos para parte relevante da torcida. Mereceria tratamento especial por intermédio de esclarecimentos e informações rotineiras. Explicar de modo pormenorizado o que acontece para que a Ponte Preta não utilizasse o seu principal jogador. Canalizar as informações pelo site oficial para explicar o período de recuperação, a lesão, previsão de utilização, entre outros pontos. Com isso, seria evitado que o jogador ficasse submetido a especulações infundadas a respeito até de conduta moral. Nada disso. Como sempre, a diretoria pontepretana adota o silêncio como alternativa e abre margem para especulações.

Algo dá para se afirmar: as informações não foram colhidas de modo satisfatório antes de se efetuar a contratação. A estadia de Cajá no Bahia foi cercada de controvérsia e polêmica. Acionado em boa parte dos jogos a partir do banco de reservas, chegou ao ápice da indisciplina ao negar-se a entrar em campo em jogo realizado neste ano.

Desafiou a autoridade do técnico Guto Ferreira, ex-comandante da Macaca. Aliás, cabe uma pergunta: será que o treinador foi consultado pela diretoria antes do fechamento do negócio? Ou a operação foi detonada apenas para dar uma satisfação ás arquibancadas, sem pensar em suas consequências? Não faltou um pouco mais cuidado? Não ficou direcionado para angariar fundos eleitorais?

Independente do quadro, a derrota para o Botafogo demonstrou a urgência de colocar o jogador em forma e utilizar o seu talento na busca de gols por intermédio dos gols de bola parada, lançamentos ou chutes venenosos. Renato Cajá: ruim e arriscado com ele em campo; muito pior sem ele. Dura realidade.

(análise feita por Elias Aredes Junior)