Abdalla condena conduta de dirigente bugrino: “Não esperava atitude amadora”

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O 192º encontro entre Ponte Preta e Guarani é a representação de que um dérbi não se encerra no apito final. A provocação feita pelo integrante do Conselho de Administração bugrino, Giba Moreno, durante a entrevista do volante Ricardinho ao SporTV, ainda rende feridas no lado alvinegro.

A cúpula da Macaca entrou no Ministério Público e no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com representação formal contra o cartola adversário. Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva no Moisés Lucarelli, o presidente José Armando Abdalla Júnior comentou sobre o assunto.

“Ele foi responsável ao cometer atos minimamente reprováveis até por educação. Vamos tomar as providências necessárias e agiremos energicamente na área esportiva e criminal. Estaremos notificando os órgãos competentes de cada esfera e, depois, isso segue para cada instituição. Existem regras, não se pode entrar no gramado a qualquer hora e os jornalistas também enfrentam restrições. Eu lamento a atitude dele, pensei que estivesse morta e esquecida essa provocação. O futebol, hoje, exige configuração profissional. Não esperava que comportamentos amadores e com fervor de paixão viessem à tona e denegrisse a imagem de quem quer que seja”, contestou.

Outro ponto analisado pelo dirigente foi a atuação do árbitro carioca Grazianni Maciel Rocha, alvo de críticas por parte dos pontepretanos ao não marcar pênalti do zagueiro Ferreira em cima do atacante André Luís. “Gostaria de esclarecer à coletividade alvinegra que, diante dos fatos ocorridos, a diretoria tomou algumas providências. Em relação à arbitragem, a questão já foi encaminhada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e temos audiência marcada para reafirmar a nossa posição juntando todos os documentos. Temos de levar a nossa insatisfação com o desempenho dele”, explicou.

Abordado se faltou influência política por parte das diretorias campineiras para exigir um profissional com currículo mais extenso no jogo, Abdalla despistou. “Essa questão é da Diretoria de Arbitragem da CBF e quem dirige o órgão deve ter a sensibilidade da importância para dirigir cada partida. O clássico de Goiânia, entre Vila Nova e Goiás, foi apitado por um profissional da FIFA. Isso, todavia, falha. Não posso crucificar ninguém, mas o dérbi de Campinas não pode ser visto com certo desleixo”, lamentou.

Com clássico previsto para o Campeonato Paulista de 2019, ainda sem data definida, o mandatário se posicionou a respeito de torcida única, medida exigida pelo Ministério Público neste ano como forma de combate à violência.

“Eu gostaria de agradecer a torcida pontepretana pelo alto grau de comportamento. Faço questão de mencionar a organizada, pois nos agradou bastante. Foi uma festa maravilhosa do início ao fim. É claro que fiquei triste por não ter vencido, mas nossa equipe fez por merecer. Sou favorável de torcida única, mas com ação mais enérgica dos órgãos competentes para coibir atos isolados que acontecem antes, durante e depois. Embora seja uma minoria, temos de acabar com isso aí”, fechou.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)