Não são poucos os dias em que criticamos dirigentes remunerados. Se você realizar uma análise profunda da situação, a culpa é de quem contratou ou de quem não teve a percepção do profissional adequado ao momento.
Pegue como exemplo o atual executivo de futebol da Ponte Preta, Alarcon Pacheco. O torcedor dirige criticas a sua atuação. Afirma que suas contratações não são condizentes.
Interessante é que para a Ponte Preta da atualidade, talvez não existisse profissional melhor do que Alarcon Pacheco; agora para um clube que no passado tinha ambições de acesso na Série B, Pacheco deveria ser a última opção pensada e planejada. Ou seja, erro de gestão do presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. Mais um.
Quando Alex Brasil foi desligado do clube, a Macaca ainda tinha ambições de alcançar o acesso.
Apesar das confusões políticas e das limitações orçamentárias. Qual seria o caminho natural?
Apostar em um profissional experimentado em montar times que disputem as primeiras posições da Série B e dentro da devida responsabilidade financeiras. Contrataram Alarcon Pacheco. Erraram.
Por que? Basta ver o histórico de Pacheco. Trabalhou por sete anos no CRB em que protagonizou campanhas intermediárias na segundona ou precisou contratar atletas para subir da Série C para B. Conseguiu. Duas vezes, em 2011 e 2014.
No entanto, as necessidades e a características de um atleta que disputa a terceirona são bem diferentes de quem almeja a divisão principal. É preciso conhecimento de mercado. Por enquanto, Pacheco mostra conhecimento profundo do nicho que fornece atletas capazes de campanhas intermediárias.
Pacheco saiu do CRB, foi para o Vitória (BA) e em duas temporadas ao lado de Paulo Carneiro obteve campanhas de permanência. Convenhamos: é muito pouco para quem sonha com o acesso.
Agora, por incrível que pareça, o pior cenário na atualidade seria a saída de Pacheco.
Motivo: ele tem experiência justamente neste cenário vivido pela Ponte Preta, a de ameaça de alcançar a terceira divisão.
Mesmo com sua incoerência no discurso após o jogo com o Goiás – tema para outro artigo- só escapa da degola quem já viveu o inferno de perto. E soube sair dele. Erro do passado, urgência de sua permanência no presente. Este é Alarcon Pacheco na Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior-foto de Diogo Almeida-Pontepress)