Desde que surgiu em janeiro de 2016, este Só Dérbi nunca escondeu sua disposição. Tem disposição para fazer um jornalismo, critico, apartidário e independente. E que abra espaço para vozes que não tem reverberação no espectro da opinião pública.
Tal missão não exclui a Ponte Preta.
Neste período acompanhamos de perto a divulgação dos balanços financeiros e as explicações e ações dos dirigentes. Fiscalizamos. Todos. Vanderlei Pereira, José Armando Abdalla Junior e Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.
Vez ou outra desembarcam no computador deste jornalista criticas, insultos e xingamentos de torcedores pontepretanos em relação ao tom da cobertura.
Alguns letrados, formados, com pós graduação, doutorado, com dominio de vários idiomas.
E que infelizmente, encaram o futebol de modo infantil e com uma visão distorcida do jornalismo.
Consideram que os elogios devem prevalecer.
Não deve existir espirito critico.
São sábios em administrar suas empresas, manipular números, ensinar em sala de aula, mas são incapazes de perceber o grau de deterioração da agremiação.
Que passa por contratações temerárias, decisões equivocadas e erros de gestão absurdos. Como aquele que coloca a construção de uma Arena na frente de um CT de qualidade.
Não precisamos discutir se as criticas estão certas ou erradas. Os fatos mostram. Um clube com previsão orçamentária de R$ 12 milhões, diminuição do patrimônio líquido em 30% nos últimos quatro anos e a falta de solução para uma divida com Sérgio Carnielli que ultrapassa R$ 101 milhões não está saudável. Só não quem não quer.
É salutar sim questionar e perguntar sobre a contratação e o financiamento da contratação de Renatinho. É imperioso cobrar sim de onde vem o dinheiro para contratar Moisés. A Ponte Preta pertence a sua torcida e é obrigação a sua torcida saber para onde vai cada centavo.
Ah, mas a Ponte Preta contratou Moisés e Renatinho graças a suportes financeiros de terceiros. Outro motivo para cobranças. Se isso for verdade quando o clube vai caminhar com as próprias pernas? A torcida aceita isso? É válido aceitar a mediocridade?
Do alto da arrogância e da prepotência muitos aproveitam para depreciar. O trabalho e o profissional.
No fundo, o que eles revelam não é uma personalidade que exerce o seu direito de escolha no momento de ler o seu noticiário esportivo preferido, mas sim um apreço indireto pela censura, desinformação, alienação.
Isso acontece com torcedores pontepretanos dos mais diversos perfis.
Do humilde jardineiro sem escolaridade ao detentor de diploma de alto grau. Só que o primeiro é vitima de um sistema educação perverso. O segundo tinha direito de escolher. Senão o Só Dérbi que fosse profissionais críticos e determinados em busca da verdade. Ele escolheu a alienação. E no final marca um gol contra a própria agremiação que ama.
Não adianta viabilizar clubes saudáveis sem a presença de torcedores críticos, sábios e que entendam o papel da imprensa.
Enquanto isso não for realidade, a diretoria executiva, seja qual for, sempre terá aliados nas arquibancadas para esconder seus erros e equívocos. E isso não dá para aceitar.
(Elias Aredes Junior)