Análise: o Guarani executa a marcação de maneira eficiente?

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Na entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, dia 27, a resposta do volante Deivid abriu espaço para discussão de um tema interessante no Guarani. O atleta foi questionado se existia sobrecarga de marcação em virtude da prática existir apenas um cabeça de área no time titular, e que no caso é ele mesmo.

Sua resposta foi diplomática. “De forma alguma. Essa é a minha função, sou o primeiro volante, sou o maior responsável pela marcação. E a sentido de cartão, não vejo dessa maneira. Acredito que o início da volta no Paulistão foi mais difícil, pelo ritmo, pela forma de ter ficado muito tempo parado”, explicou.

Na sequência, ele foi mais detalhista. “No Brasileiro agora, eu não tenho nenhuma falta, nenhum cartão. E pretendo melhorar, exato, ser mais assertivo nos botes também. E nessa questão, o Carpini sempre fala, a nossa defesa começa lá no ataque. É lógico que o mental atrapalha um pouco, mas a equipe se doa, se dedica, e tudo vai melhorar”, completou.

Ele foi bem na explicação, mas alguns pontos não podem escapar. Afinal, o Guarani é a defesa mais vazada da Série B com oito gols. Nada acontece por acaso.

Existem dois jogadores pelos lados que estão muito mais para alas do que para laterais: Pablo e Bidu. Muitas derrotas bugrinas foram construídas quando o adversário explorar as costas desses jogadores. Sinal de que no inicio do trabalho Carpini poderia pensar em uma armação com três zagueiros. Daria liberdade ofensiva aos atletas citados e traria dividendos ofensivos.

Concordo quando Deivid defende que a defesa é iniciada no ataque. É aí que o bicho pega. A recomposição bugrina é irregular. Em alguns momentos a compactação é satisfatória e não impede a penetração do adversário. Em outros, a lentidão de alguns jogadores abrem buracos que tornam a situação dramática.

Thiago Carpini orienta? Com certeza. Mas sem participação efetiva daqueles que executam vai ser difícil evitar vexames como a que foi verificado no primeiro tempo contra a Chapecoense.

(Elias Aredes Junior- Foto de Márcio Cunha-ACF)