Análise Ponte Preta 1 x 1 Vila Nova: como fazer diferença sem elenco de qualidade?

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Como o time titular continha desfalques, o torcedor pontepretano tinha a curiosidade em saber como seu time entraria em campo contra o Vila Nova. João Brigatti optou pela cautela em termos de opção ofensiva.

Apostou em Ruan e Igor como artificies do trabalho pelo lado direito e em Danilo Barcelos como participante na armação ao mesmo tempo que esperava uma melhor saída bola rumo ao ataque, missão a cargo de Paulinho ou João Victor.

Levar a bola ao ataque foi como em outros jogos na Série B: na base da força, voluntariedade e na bola parada. Só isso para explicar o pênalti de Gastón Filguera sobre Renan Fonseca e o chute bem sucedido de Danilo Barcelos.

A fatura dos desfalques surgiu após o gol. Por que? Adaptada e treinada para fazer gols no contra-ataque, a Alvinegra ressentia-se da ausência de André Luís e até do atacante Hyuri. A bola até era esticada, mas faltava o atacante, de força para levar a bola a linha.

Pior: apesar de limitado na parte ofensiva, o Vila Nova, por intermédio de Vinícius Leite, percebia a dificuldade de armação da Macaca a partir do campo defensivo. No segundo tempo, apertou a marcação e surgiram os dois ou três lances suficientes para Alex Henrique balançar as redes e deixar tudo igual.

Brigatti lançou seus trunfos como Bruno Ramires, Felipe Saraiva e Victor Rangel e que pouco fizeram diante de um adversário com poucos recursos técnicos, mas bem posicionado e talhado para defender o placar e a manutenção de defesa menos vazada com 15 gols.

Lição que fica? Eu, no lugar de qualquer componente da comissão técnica, não pensaria duas vezes em afirmar aos componentes da diretoria executiva: “Ok, poderia fazer o time render muito mais. Mas o time que vocês montaram para a gente trabalhar e extrair algo positivo é de chorar”.

Pois é, só não vê quem não quer. Mas não é para jogar a toalha. Afinal, o campeonato é de baixíssimo nível técnico. Inspiração é artigo raro. Transpiração sobra. Isso a Ponte Preta tem. Não há como negar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)