Como demonstrou o companheiro Júlio Nascimento no domingo, em matéria publicada pelo Só Dérbi, o Guarani está há 33 dias com um presidente eleito – Palmeron Mendes Filho- e sua posse como de todo o Conselho de Administração não foi providenciada. Pior: Horley Senna parece recebeu um prazo infinito para exercer o poder dentro do prédio administrativo do estádio Brinco de Ouro.
Talvez o mais escandaloso nem seja a fato em si e sim as parcas manifestações e ações da oposição. Candidato nas últimas eleições e impedido de concorrer por questões do estatuto, o empresário Odair Paes Júnior fez um protesto aqui e ali. Não foi algo articulado, orgânico, com uma ação efetiva para retirar o marasmo dos bastidores.
Junte este quadro com um Conselho Deliberativo de atuação decepcionante, sem iniciativa e incapaz sequer de convocar o futuro e o atual presidente para dar explicações sobre esta situação bizarra.
Fica comprovada mais uma vez a pobreza de quadros políticos no Guarani. A situação, detentora do poder, atrapalha-se em algo corriqueiro, simples, fácil e só não está mais complicada em seus atos jurídicos em virtude de uma liminar concedida por um juiz que dá respaldo aos atos de Horley Senna.
Caso contrário, até as contratações ficariam na berlinda. O prejuízo, no entanto, já foi colhido quando o centroavante Ricardo Bueno só não vestiu a camisa do Guarani por falta de um aval e assinatura do presidente de plantão. Aliás, a pergunta extrapola qualquer área racional: quem manda para valer no Guarani?
A oposição, por sua vez, padece por falta de ideias, projetos factíveis que apaixonem a torcida e os associados e iniciativas que tirem o cenário do marasma e coloquem os situacionistas em instantes constrangedores.
É bom o torcedor bugrino torcer por boa produtividade tanto do gerente de futebol Ney Pandolfo, do técnico Vadão e dos jogadores. Se depender da cartolagem, o futuro é sombrio e incerto.
(análise feita por Elias Aredes Junior)