Na sua primeira partida com presença de torcida no estádio Brinco de Ouro, na vitória por 3 x 0 sobre o Londrina, no sábado, dia 09 de outubro, o Guarani colheu um prejuízo de R$ 10.542,02 de acordo com dados do boletim financeiro existente no site da Confederação Brasileira de Futebol.
Com presença de 1307 pagantes e com capacidade liberada para 5.400 torcedores, a ocupação foi de 24,20%.
Ao comparar com os resultados verificados no último confronto com público antes da pandemia, em fevereiro de 2020, o fracasso fica latente.
No dia 28 de fevereiro do ano passado, o Guarani atuou diante do Água Santa e ficou no empate por 0 a 0. Na ocasião, o público presente foi de 2906 torcedores (2356 pagantes). A queda de público do jogo com o Londrina em comparação ao duelo de fevereiro de 2020 foi de 55%.
O resultado negativo é decorrente da política de preços.
Contra o Água Santa, a renda foi de R$ 42.427 e o valor do bilhete máximo ficou em R$ 60. O tíquete médio ficou em R$ 18 reais ao dividir a renda com os 2356 pagantes. E de acordo com borderô do jogo, registrado no site da Federação Paulista, as despesas do jogo ficaram em R$ 34.260,09. Ficou um saldo positivo de R$ 8166,91.
Diante do Londrina, além do prejuízo de R$ 10542,02, o tíquete médio ficou em R$ 23,87. O valor representa um aumento de 32% em relação ao valor médio do jogo com o Água Santa. Quanto as despesas, o confronto diante do Tubarão no ultimo sábado ficou em 35.196,24.
Ao comparar o valor máximo do ingresso (De R$ 60 para R$ 80), o índice de reajuste ficou acima da inflação no período. O reajuste aplicado pelo Guarani foi de 33% enquanto que o IPCA do IBGE (que é a inflação do país) de fevereiro de 2020 a setembro deste ano ficou em 11,49%, de acordo com aplicativo disponibilizado pelo site do Banco Central.
Os dados são mais do que suficientes para uma reflexão.
(Elias Aredes Junior com foto de Rogério Capela-Especial para o Guarani F.C)