As duas faces das categorias de base da Ponte Preta. Por que ninguém acompanha o trabalho?

1
1.216 views

O DNA pontepretano é a de revelar talentos. Nem vou fazer uma lista. Você sabe. Nestes tempos bicudos seria a saída: bons jogadores viabilizariam times competitivos, que abririam espaço para arrecadação de recursos e deixaria opção para reformas e melhorias da estrutura. Interessantes que por vezes os sinais são conflitantes.

As equipes Sub-11 e Sub-13 foram extintas, hoje atuam em forma de franquia e parece não existir intenção de ressuscitá-las para disputarem os torneios da Federação Paulista.

O Sub-15 e o Sub 17, por sua vez, tiveram campanhas satisfatórias, mas o desfecho por não ter jogado a última rodada diante do Bragantino porque não disponibilizou policiamento para o confronto deixou um gosto amargo na boca. Aviso: como houve mudança de policiamento, houve o lapso de esquecimento. O jogo será realizado em outra data.

A classificação não decepcionou. No sub-15, a Macaca terminou em segundo no grupo 4 com 23 pontos e foi para a segunda fase. No Sub-17, o time terminou na liderança do mesmo grupo 4 com 31 pontos. No Sub-20 a missão foi cumprida com a classificação no Grupo 03 ao lado de Capivariano, Ituano e Desportivo Brasil. Mas por ter ficado na quarta colocação com 26 pontos ficou a impressão de que poderia ser melhor.

A primeira vista, tudo normal. Vou além: campanhas satisfatórias. Alguns fatos chamam atenção. Primeiro o fato de diversos leitores procurarem este jornalista e pedirem para investigar o que seria um cenário de caos nas categorias de base.

Só que os números mostram o contrário. Mais: tudo noticiado pelo site oficial. Parece que não há reverberação.

Então, por que o torcedor pensa diferente? Simples: porque a diretoria não sabe vender nem aquilo que lhe é positivo. A falta de informação é tamanha que não temos ideia de quais jogadores podem ser revelados em curto espaço de tempo. Não há notícia.

Mais: o Conselho Deliberativo foi eleito não só para fiscalizar as contas do clube, mas para acompanhar o andamento dos trabalhos em todos os departamentos. Em conjuntura normal, seria de ótimo tom convocar os atuais gestores para explicações.

Pendências permanecem no ar. Qual a meta em médio e longo prazo? Qual o investimento feito na atualidade? Qual o método de captação de jogadores? Qual a equipe de observadores? Onde estão? Como arregimentar atletas de qualidade? A filosofia de jogo está de acordo com aquilo que o departamento de futebol profissional pensa? E o trabalho de fundamentos? Está satisfatório?

É preciso dar uma satisfação e exibir um planejamento factível ao torcedor. Ser transparente e fornecer informações que dêem esperanças de dias melhores. Mostrar que a prioridade não é apenas no gogó e sim na prática. Com a palavra os gestores das categorias de base da Macaca.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário