A derrota do Guarani para o Goiás abriu a chance do goleiro Pegorari iniciar um processo de autocritica. O comportamento resignado do arqueiro em relação a Série C demonstrou de modo cabal que o elenco não acredita em uma reação. “Foi um ano muito difícil para o Guarani. Não tem como enganar o torcedor. Foi um ano que não deu nada certo. A gente se livrou do rebaixamento na última rodada no Campeonato Paulista e começamos a Série B da mesma forma. Trabalhamos muito para não errar, mas o futebol não te isenta de erros. É trabalhar para errar menos e, infelizmente, aconteceram erros da minha parte e de todos nessa luta contra o rebaixamento”, disse o jogador.
O que desejo observar é algo doloroso: a declaração demonstra que, entre os jogadores, o sentimento do torcedor era a última prioridade. Ou seja, esta frase, que é um pedido de desculpas as arquibancadas, tem pouco valor. Por quê somente agora? Quando pedimos desculpas, a intenção é consertar algo que não vem em bom ritmo e recolocar no devido lugar. Desculpas na atualidade não valem nada. O Guarani está na Série C. Virtualmente. Mas está.
Por quê as desculpas não foram encaminhadas anteriormente? Infelizmente, pelo motivo dos atletas utilizarem as entrevista após os jogos muito mais para realizarem acusações e indiretas reciprocamente do que entender o real sentido e a consequência de levar o alviverde para a terceirona nacional. Agora é tarde. A mobilização, o entendimento e a força do clube só foram compreendidos nos clássicos contra a Ponte Preta. Depois, na maioria dos jogos, só choro e ranger de dentes. Como aceitar desculpas agora que tudo foi para o brejo?
O fato é que o ano foi um pesadelo para o torcedor do Guarani. Que aqueles que conduzem a instituição, aprendam a lição.
(Elias Aredes Junior- foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)