Para vencer qualquer partida de futebol, é fundamental um atacante de qualidade. Posicionamento, oportunismo, velocidade e impulsão são alguns dos predicados básicos de um atleta da posição.
Tais características trazem esperança a bugrinos e pontepretanos, por meio de Bruno Mendes e Felippe Cardoso, respectivamente, para que o camisa 9 possa decidir o dérbi deste sábado, 05, a ser realizado no Brinco de Ouro da Princesa, pela quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
BRUNO MENDES
Revelado no Alviverde, Mendes joga o seu terceiro clássico da carreira. Em 2012, pelo Campeonato Paulista, participou de dois e ainda não perdeu. O jogador, recuperado de lesão muscular, está de volta ao time depois de um mês no estaleiro – sua última participação foi em 07 de abril, diante do Oeste.
Artilheiro do Bugre em 2018, com nove gols marcados em 16 jogos e peça chave na campanha vitoriosa na Série A2 do Campeonato Paulista, Mendes estreia pela equipe na competição nacional.
“Tinha 17 anos quando joguei o dérbi pela primeira vez. Tive frio na barriga e nervosismo. Hoje, estou mais amadurecido, tranquilo e equilibrado. Sei lidar com a situação. O passar do tempo ajuda a lidar com as dificuldades. É um jogo especial, clássico é diferente. Poder jogar um dérbi para fazer história no clube é muito. Nós precisamos nos reabilitar na Série B. Estamos focados para vencer este jogo. “O emocional conta bastante. Tem que estar bem preparado e não ser afoito”, alertou.
FELIPPE CARDOSO
Contratado no ano passado após se destacar no Oswaldo Cruz, clube do quarto patamar de São Paulo, Felippe Cardoso chegou a Campinas com desafios. Integrado às categorias de base da Ponte Preta no segundo semestre, o atacante foi a principal surpresa da equipe na Copa RS de Futebol Sub 20, em dezembro, com cinco bolas na rede em quatro jogos. Como recompensa, durante a pré-temporada, foi promovido ao time profissional.
Sob comando de Eduardo Baptista na época, o jogador de 19 anos ganhou espaço entre os titulares, mas logo na primeira partida foi expulso. Passada a cobrança pelo vacilo diante do Corinthians, Cardoso ganhou posição e se manteve entre os iniciais enquanto teve condições físicas – ficou de fora por conta de lesão muscular na coxa.
Atual goleador da equipe na temporada com quatro gols em 18 jogos, Felippe foi recompensado com contrato de quatro anos e teve 60% dos direitos econômicos adquiridos pela Macaca.
O jogador tem forte concorrência com Júnior Santos, que vem entrando aberto pelas pontas. Cardoso, na derrota para o Flamengo, no meio de semana, foi contestado por ter desperdiçado duas oportunidades no segundo tempo, mas foi apoiado pelo técnico Doriva em entrevista coletiva e deve ser mantido entre os titulares.
“Temos que avaliar a presença do Júnior Santos na vaga do Felippe Cardoso. Eu não esqueço das atuações, um erro isolado não muda a minha mentalidade. É importante que os atletas busquem espaço. A boa participação do Júnior me dá dor de cabeça. É bom ter atletas motivados e que façam a diferença. Às vezes, a imprensa questiona por que não coloquei tal jogador, mas vamos pelo feedback do que é passado nos treinamentos”, explicou.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Eduardo Martins)