Não lembro em que rede social eu li uma teoria muito interessante. De acordo com a visão deste torcedor, para escapar da degola à Série B terá que incorporar o espirito reinante na divisão de elite do Brasileirão de 2003, quando a Alvinegra escapou na ultima rodada após o triunfo sobre o Fortaleza por 2 a 0 e conseguiu os 50 pontos necessários para não ficar entre os dois últimos colocados.
Explica-se: na ocasião, o clube viveu meses e meses com salários atrasados e a diretoria resumia-se ao então comandante do futebol, Marco Antonio Eberlim e alguns abnegados como o médico Danilo Villagelin.
Se levarmos tal quadro a ferro e fogo, não há como negar que o quadro atual é semelhante. Só não é igual porque não houve deserção de jogadores. Mas os atrasos de salários, a inabilidade política e outros quesitos negativos estão todos lá.
No próximo sábado, a torcida vai reaparecer no estádio Moisés Lucarelli. Qual deve ser o comportamento ideal. Resumo tudo em uma palavra: compreensão. O elenco foi mal montado, muitos jogadores fracos e até o técnico Gilson Kleina toma decisões equivocadas. Mas é com esse time que a Ponte Preta escapar. E sem a ajuda da torcida, tudo ficará mais difícil. Não dá para brincar com fogo. É assegurar os 45 pontos e depois procurar os responsáveis pela geração deste sofrimento ao torcedor pontepretano.
(Elias Aredes Junior- Foto de Diogo Almeida-Pontepress)