Após a apresentação dos jogadores da Ponte Preta no Moisés Lucarelli na terça-feira, o presidente José Armando Abdalla Júnior e o diretor de futebol Ronaldão, em entrevista coletiva, falaram sobre diversos temas importantes em relação ao futuro próximo da instituição.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Não é novidade que a Macaca vive um período de vacas magras. Com a drástica redução na cota de televisão – mais de R$ 20 milhões -, graças ao rebaixamento à Série B, o departamento de futebol vem priorizando contratações por empréstimo, sem a necessidade de grandes investimentos.
“A Ponte Preta administrativamente é um clube muito bem estruturado. A situação crucial é que, no momento, o mercado futebolístico brasileiro passa por uma transformação e nós estamos em uma situação mais delicada ainda: nós vamos ter menos de 1/3 do orçamento anterior e tem que ser feita uma readequação dos custos. A parte financeira é a mais complicada e todas as nossas ações vão ser norteadas dentro desse aspecto. Não dá para cometer deslize nesse sentido. Caso contrário, podemos, no futuro, inviabilizar uma série de ações”, afirmou o presidente Abdalla.
MUDANÇA NA DIRETORIA
O mandatário, que vai comandar o clube pelos próximos quatro anos, ainda comentou da passagem de bastão na presidência.
“As mudanças ocorrem para que haja um progresso em toda a sua essência. É muito grande essa questão do astral que envolve a instituição. Então, toda mudança é pensando no benefício do futuro da Ponte. Para isso, temos uma diretoria e cada um tem a sua função. Em relação à gestão passada, os diretores que fizeram um grande trabalho foram mantidos, através de uma análise da comissão de transição”, analisou.
O CASO RODRIGO
Já Ronaldão explicou a atual situação do contrato entre Ponte Preta e Rodrigo – o zagueiro foi expulso na partida em que decretou o rebaixamento da equipe após dar uma “dedada” nas nádegas do adversário. Mesmo com contrato até o fim de 2018, o defensor não vai mais atuar pela Macaca. Entre os atletas que disputaram o último Campeonato Brasileiro, o ex-capitão tinha um dos maiores salários, ao lado de Renato Cajá e Emerson Sheik.
“Existe esse problema financeiro do Rodrigo, mas tudo o que aconteceu acaba dificultando a permanência. Ele tem a possibilidade de buscar uma nova equipe para continuar a sua carreira. Esse é o acordo mais provável no momento. Foi uma pena o que aconteceu, cheguei a jogar com ele por aqui. Mas agora é vida que segue. Ele tem que buscar novos horizontes e temos que seguir em frente”, disse.
AVALIAÇÃO DO ELENCO
A diretoria pontepretana segue em busca de reforços pontuais para finalizar o ciclo de contratações. O diretor de futebol aposta em Yuri e Felippe Cardoso, dois dos destaques das categorias de base, e ainda pede mais um jogador para o setor ofensivo.
“Conversei com a comissão técnica e eles estão bem motivados na montagem do grupo. Os jogadores foram escolhidos a dedo para chegar na Ponte e jogar na pressão que é aqui. Está sendo uma montagem positiva. Logicamente temos que esperar a bola rolar e temos um primeiro desafio pesado contra o Corinthians, mas eu confio nas pessoas que escolheram esse elenco. Acredito que vai dar uma liga boa para fazermos um grande ano. Os critérios para escolha foram muito positivos”, destacou Ronaldão.
Ele ressaltou, ainda, que o clube busca um lateral-esquerdo no mercado de qualidade e que se encaixe no orçamento – o volante Marciel, contratado por empréstimo junto ao Corinthians, também pode atuar pelo setor. O lado esquerdo da defesa, por sinal, foi um dos principais problemas da equipe em 2017.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Thiago Toledo – PontePress)