Empresa detecta Guarani com valor de mercado de R$ 203 milhões. Uma comprovação de como destruir um clube em curto espaço de tempo

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Nos últimos anos, o torcedor do Guarani sempre teve a fissura de descobrir as consequências de tantos anos de desmandos e incompetência. Digo o torcedor consciente e disposto a ver uma equipe saudável, não aqueles adeptos da violência verbal, virtual e física e que no final das contas colaboram para a manutenção do caos.

Quem deseja reconstruir um clube antenado com suas tradições históricas recebeu uma preciosa contribuição da Sport Value, comandada por Amir Somoggi e que finalizou um estudo com o valor de mercado dos 30 principais clubes do Brasil.

O resultado do Guarani é decepcionante: 27º lugar e R$ 203 milhões e que supera apenas Chapecoense ( R$ 196 milhões), Figueirense (R$ 167 milhões) e Atlético-GO (R$ 161 milhões). Não vou gastar linhas para descrever os valores de quem está acima do Alviverde. Vamos focar no principal: a perda de espaço do Guarani no cenário nacional.

De 2011 até 2020, o Guarani não participou uma única vez da divisão de elite do futebol brasileiro e em relação a Copa do Brasil ficou ausente nesta década nos anos de 2015, 2016, 2017, 2018 e na atual temporada. Como ficar satisfeito? Como achar que está tudo bem?

Não falo da perda de espaço e de valor de mercado de qualquer equipe. Falo de um clube campeão brasileiro, semifinalista de uma Copa Libertadores, duas vezes vice-campeão paulista e responsável por revelar e fornecer diversos jogadores a Seleção Brasileira nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Era protagonista ou na pior das hipóteses um coadjuvante de luxo. E hoje? Será que o valor de mercado de R$ 204 milhões não demonstra que algo está errado e precisa ser feito?

Que ninguém acuse a Sports Value de má vontade. De acordo com reportagem publicada pelo site da CNN Brasil quatro fatores foram levados em consideração para se chegar ao valor final: a quantia arrecadada em direitos esportivos, os ativos financeiros (Dinheiro em caixa, aplicações financeiras, estádios, centros de treinamentos e qualquer outro tipo de instalação), o valor de mercado dos atletas e a própria avaliação da marca.

Resumo da ópera: não adianta colocar a cabeça em um buraco, viver do passado e achar que está tudo cor de rosa. Não está. Os feitos positivos da atual comissão técnica são apenas um cisco de competência em mar de ineficiência reinante no Brinco de Ouro nos últimos anos.

(Elias Aredes Junior)

Leia  a matéria na íntegra:

https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/12/09/flamengo-corinthians-palmeiras-quanto-valem-os-clubes-do-futebol-brasileiro