Especial: em relação ao primeiro projeto, de 2009, nova Arena Ponte Preta tem aumento de 42,63% nos custos de construção

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Apresentado como o ponto central de modernização da Ponte Preta no Século 21, o novo projeto da Arena será mais caro e elitizante do que o primeiro escopo apresentado no dia 09 de fevereiro de 2009 por Sérgio Carnielli.

Pesquisa feita pela reportagem do Só Dérbi demonstra que o primeiro projeto, em valores atualizados, teria a necessidade de investimento de R$ 252.396.186. A arena teria 30 mil lugares e  seria também no Centro de Treinamento do Jardim Eulina. O projeto inicial de 2009 teve seus valores atualizados pelo índice inflacionário do IGPM da Fundação Getulio Vargas.

O atual projeto, capitaneado por Eduardo Lacerda tem um custo estimado de R$ 360 milhões. O aumento de custo um projeto para o outro é de 42,63%.

Se realizarmos um levantamento do custo por cadeira, o aumento é ainda mais explicito. A arena de 2009 com o custo de R$ 252 milhões e com capacidade para 30 mil pessoas tem custo médio por cadeira de R$ 8413,20.

Pelo projeto atual, os R$ 360 milhões e sua capacidade para 22.204 resultaria em um custo médio de 16.213. A majoração do valor unitário da cadeira de um projeto  para outro é de 92,70%.

Para ser apresentado novamente junto a Prefeitura Municipal de Campinas, o projeto precisa ser encaminhado pela diretoria executiva, que por enquanto não mostra disposição de tocar o projeto.

Quando lançou o projeto da Arena em fevereiro de 2009, a Ponte Preta, na época presidida por Sérgio Carnielli queria vender o Estádio Moisés Lucarelli para custear um terço da obra enquanto a empreiteira Odebrecht arcaria com segunda parte. Um terceiro viabilizaria o valor restante para construir o empreendimento em 24 meses.

Na época, Carnielli tinha a intenção de utilizar o local para amistosos de seleções que estarão no Brasil para a Copa do Mundo de 2014. No final, o Majestoso e o Centro de Treinamentos do Jardim Eulina foi utilizado como local de treino da Seleção Portuguesa.

Neste novo projeto, apresentado por Eduardo Lacerda, o local teria um centro de convenções para receber eventos e espetáculos de pequeno, médio e grande porte, além de um museu e estacionamento para 2.231 veículos.

Na parte de dentro da arena, serão 24 lanchonetes e 36 sanitários, além de 16 cabines para a imprensa, e os camarotes serão equipados com sala de estar, ar-condicionado, TV e frigobar. Não seria usados recursos da Macaca. Os investidores, no entanto, não foram divulgados.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

 

Como adendo, uma reportagem sobre a época de lançamento você lê aqui:

https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,ponte-preta-perto-de-acertar-construcao-de-novo-estadio,320918

 

1 Comentário

  1. Posso estar enganado, mas parece que os apoiadores da construção da arena estão atacando em várias partes, atuando junto a imprensa para defenderem o projeto (com excessão deste espaço), e teria sido criado um grupo de torcedores/conselheiros que chegaram a usar de intimidação a quem é contra.

    Os detalhes da construção desta arena precisam ser muito bem esclarecidos, fica patente que no final o Majestoso será vendido para remunerar os investidores. Como bem analisado neste espaço, há sérias dúvidas quanto a rentabilidade futura do projeto, desta forma o que está sendo indicado como um salto para a instituição, pode prejudicar ainda mais.