Especial: Macaca e seus altos e baixos durante um período da ditadura militar

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As duas apresentações de Plínio Marcos, em plena época de endurecimento do Regime Militar, é mais uma face das dificuldades vividas pela Ponte Preta para firmar-se no pelotão de elite do futebol nacional.

Após ser o primeiro time do interior a participar do Troféu Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, a Macaca ficou ausente de 1971 a 1975 da divisão principal.

No primeiro ano, em 1971, a Alvinegra participou do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, que na realidade era Segunda Divisão, vaga obtida após terminar na sexta posição do Paulistão. O time chegou a semifinal, mas foi eliminado pelo Vila Nova (MG), nos pênaltis, por 6 a 5.

No ano seguinte, ao ficar na sétima colocação, a equipe precisou disputar uma competição qualificatória no segundo semestre para confirmar a vaga na divisão especial do Paulistão. Foi campeã ao terminar com 30 pontos ganhos, mas indiretamente ficou impedida de pensar em competições nacionais.

A rotina continuou em 1973 e, novamente, a Macaca foi campeã da fase classificatória (na época, conhecida como Paulistinha). Já em 1974, a equipe não foi feliz no Paulistinha e não conseguiu vaga para o Paulistão, de acordo com informações do volume IV do livro “História da Associação Atlética Ponte Preta”, publicado em 1997 por Sérgio Rossi. A desclassificação, entretanto, não trouxe consequências por nova mudança no regulamento do Paulistão viabilizou a participação da Ponte Preta em 1975 na divisão principal.

O retorno à divisão principal do Campeonato Brasileiro aconteceu em 1976 e teve interferência, como relata Sérgio Rossi na página 327 de sua obra. “(…) Fatores políticos de âmbito nacional forçaram a saída do Cel. Rodolpho Pettená da presidência da A.A Ponte Preta para a entrada do presidente regional da Arena, Lauro de Moraes Filho, já com passagens pelas presidências dos Conselhos Deliberativo e Fiscal do Clube.

No entender da alta cúpula politica de Brasilia  era preciso “quebrar” a hegemonia do MDB em reduto maior, ou seja, em Campinas. Entre outras ajudas políticas sociais e econômicas nada melhor do que levar o clube mais popular e de maior torcida da cidade  e do interior paulista a categoria de disputante do Campeonato Brasileiro em sua divisão principal.

(…) Através do ilustre general Gustavo Moraes Rego Reis, comandante da Guarnição Militar de Campinas o fato se consumo sem prejuízo de outros integrantes do Nacional (…).

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)