É certo que o Guarani ficará ou dentro da zona de classificação ou próximo dela. Campanha boa. Consistente. Com bons jogos e momentos inesquecíveis para o torcedor. Fora de campo, o site oficial do clube traz noticias sobre a diminuição das dividas trabalhistas e ainda a melhoria da infra estrutura.
Evolução?
Sem dúvida.
Mas isso não quer dizer perfeição.
Aliás, um parênteses: o futebol é reflexo da sociedade e uma dos perfis de uma parte do povo brasileiro infelizmente é a fissura de aderir ao poder. De bajular quem detém recursos e influência.
O futebol não seria diferente.
No Guarani, idem.
O bom momento detona uma onda de pressão para que todos os erros sejam apagados e que Ricardo Moisés e os integrantes do Conselho de Administração sejam incensados como deuses perfeitos. Não são.
Eles erram. Muito. Mas a pressão não cessa. E sempre tem uma frase na ponta da língua: “Ah, tem coisa errada, mas tem coisa boa também”. Não duvide: salvo exceções, o que as pessoas querem quando dizem tal sentença é que falem apenas dos fatos bons. Infelizmente, esquecem que a função do jornalismo é informar, fiscalizar e fornecer análises que proporcionem espaço de reflexão para a opinião.
Também não caia neste papo de que a função do “jornalista é apenas informar e o público que chegue a sua conclusão”. Balela.
O Guarani evoluiu sem duvida. O caminho é longo até a excelência. Se você prefere acreditar em profissionais que focam apenas no entretenimento ou que consideram o exercício do jornalismo esportivo é ser um torcedor passional com um microfone na mão saiba: você colabora para a estagnação do Guarani na geografia da bola.
(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)