O Guarani está com cara de time rebaixado. Vai reagir?

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Após a derrota por 4 a 0 para o Paraná, só um louco renegaria os sinais emitidos pelo Guarani. Os 33 pontos não significam nada diante da constatação: a equipe exibe características de uma equipe pronta para amargar um rebaixamento.

Dirigentes, jogadores, comissão técnica, torcedores, empresários e apreciadores distantes podem negar mas o retorno à terceira divisão tem cores vivas. Só vai sair de cartaz se uma terapia de choque for implementada. Sem anestesia.

Os sintomas são evidentes. O inicial atende pelo nome de técnico Marcelo Cabo. Louve-se a atitude do presidente Palmeron Mendes Filho de hipotecar solidariedade e colocar a cara para bater na entrevista coletiva. Dirigente com atitude toma tal resolução. Entretanto, a sua postura altiva não pode esconder a falta de rumo do treinador.

No jogo contra o Vila Nova, o time jogou em um 4-2-3-1, com aproximação, toques rápidos, tabelas progressivas e busca pelas jogadas de lado. Na igualdade por 2 a 2 com o Boa Esporte em boa parte do confronto, a saída adotada foi a do lançamento longo ou da busca da bola parada com Fumagalli.

Diante do tricolor paranista, nova virada de metodologia. Em parte do jogo continuou com lançamentos e algumas viradas de jogo e sem centroavante fixo. Posteriormente, apostou naa colocação de um atacante de referência (Eliandro) e a proximidade entre os setores. Detalhe: com um volante (Evandro). Eis que chega o quarto gol e o treinador volta a jogar com um outro volante (Denner). Fato: o time está sem rumo.

Outro sintoma de rebaixamento são pequenos sinais de que existe turbulência entre jogadores e comissão técnica. Richarlyson foi substituído e foi direto aos vestiários, atitude quase que repetida por Rafael Silva, que não cumprimentou o treinador. Como afastar a possibilidade de estremecimento das relações diante desta constatação?

Para completar o show de horrores, o Guarani paga o preço pela falta de formação de dirigentes no departamento de futebol. São bem intencionados na esfera administrativa, mas não entendem do assunto.

São neófitos na  modalidade. Não possuem credibilidade para entrarem no vestiário e enquadrarem os boleiros. Resta torcer para que Luciano Dias consiga extrair a motivação e o potencial deste grupo para conseguir os 15 pontos necessários para fugir do pesadelo da terceirona.

(análise feita por Elias Aredes Junior)