Nesta fase de crise técnica, é natural que todos procurem os culpados pela situação do Guarani. Quero utilizar os números bugrinos da própria Série B para produzir luz na discussão. Com 10 rodadas disputadas no returno, o Alviverde tem 14 pontos ganhos em nove partidas. O aproveitamento é de 51,9%. Ao se pegar a classificação geral, quem tem tal desempenho é o Ceará com 45 pontos, com aproveitamento de 51,7%,. O “Se” não joga, mas se o planejamento fosse realizado desta maneira desde a rodada inicial, é bem provável que o Guarani estivesse livre da degola.
Mais: como tem um jogo a menos que os concorrentes, se vencer o Botafogo no dia nove de outubro, a equipe chegaria aos 17 pontos no returno e empataria com Sport, hoje integrante do G4 do returno e com claro objetivo de acesso.
Com esta linha de raciocínio não precisa ser bidu para adivinhar o tamanho do prejuízo gerado pela lanterna com 11 pontos no turno inicial. Reflexo das decisões tomadas por quem era responsável pelo futebol. Claudinei Oliveira foi demitido e Toninho Cecílio chegou para ser o Executivo de Futebol. Foi desautorizado e apostaram em Junior Rocha, dispensado com 19% de aproveitamento. Aposta seguinte foi feita em Pintado, que saiu com 16,7% de aproveitamento. Allan Aal? Nesta segunda passagem, tem quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. Aproveitamento de 46,6,%. Se o treinador fosse uma equipe da Série B, seria o Amazonas, hoje com 39 pontos e 46,7% de aproveitamento.
Mora da história: a parcela de culpa de quem está no futebol profissional do Guarani pode ser total no presente, mas ao levar em conta a atual temporada, o peso diminui bastante. Não sou eu quem diz isso. São os números.
(Elias Aredes Junior-foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)