Ponte Preta aprova balanço financeiro mas não esconde fragilidade política de Tiãozinho na presidência

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Em reunião realizada na manhã de hoje e de modo virtual o Conselho Deliberativo da Ponte Preta aprovou o balanço financeiro concluído no dia 31 de dezembro de 2020.

Dos 45 conselheiros presentes, 18 conselheiros votaram favoravelmente, outros 24 aprovaram com ressalvas e outros três conselheiros votaram contra a peça apresentada pela diretoria executiva.

O estatuto permite que 300 conselheiros tenham condição de participar do processo de análise e aprovação.

Ao se comparar com anos anteriores verifica-se, no entanto, a desidratação do poder político e de influência do presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.

No ano passado, quando precisou aprovar o balanço financeiro referente a 2019 e tocado em boa parte pelo ex-presidente José Armando Abdalla Junior, 13 conselheiros aprovaram o documento com ressalvas e outros 40 aprovaram sem ressalvas.

Abdalla conseguiu que, dos 53 que aprovaram o balanço, 75,47% concordassem com o documento sem ressalvas. Com Tiãozinho, esse índice caiu para 42,85%, um índice que demonstra perda de poder político e de influência dentro do clube.

Conselheiros de abordagem crítica ouvidos pelo Só Dérbi asseguram, no entanto, que em relação as reuniões de anos anteriores realizadas com o mesmo propósito, esta foi em que ocorreu o maior esclarecimento de dúvidas para os conselheiros. Um dos que elogiaram a postura da diretoria na reunião foi o conselheiro Marco Antonio Eberlim.

Simultaneamente, o inconformismo tomou conta de vários conselheiros em relação a ausência do balancete, que traria mais informações em relação ao balanço sintético colocado a disposição dos presentes.

Um dos que apontaram a ausência do balancete foi o ex-integrante da mesa do Conselho Deliberativo, Pedro Maciel.

A diretoria executiva, entretanto, preferiu colocar panos quentes. “As observações dos conselheiros neste sentido são muito válidas e vamos avaliar o que pode ser feito dentro da lei para atendê-las nas futuras apresentações de balanço, mesmo porque esta diretoria sempre busca agir com a maior transparência possível. É importante ressaltar, contudo, que o balanço aprovado hoje, e  que já havia sido aprovado pelo Conselho Fiscal e pela auditoria independente, mostra que a administração da Ponte Preta está sendo feita de maneira correta e legal”, disse o presidente Sebastião Arcanjo.

Um dos motivos para a desidratação política de Tiãozinho, de acordo com apuração do Só Dérbi, é que o grupo político formado pelo ex-presidente Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira não compareceu ao encontro, ao contrário do encontro realizado no dia 25 de julho do ano passado, em que o balanço da administração Abdalla foi aprovado.

A votação mostrou que, além da fragilidade financeira, a diretoria executiva também tem problemas na parte política. É aguardar para ver.

(Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)