Ponte Preta e Gilson Kleina: não dá para tirar nota vermelha a vida inteira

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O torcedor da Ponte Preta acorda na sexta-feira com a sensação de encontra-se com um cabo de guarda chuva na boca. As contratações corresponderam a expectativa, reposições foram efetuadas e derrota por 3 a 2 para o Santo André foi um ducha de água fria. O canhão ficou virado para o técnico Gilson Kleina. Por motivos táticos e por decisões de escalação.

No período de treinamentos, o zagueiro titular era Wellington Carvalho. Cleber foi contratado e todos tinham consciência das suas limitações físicas momentâneas. Era preciso tempo para contar com o vigor físico de antigamente. Eis que Kleina rasga  a própria cartilha delineada durante o período de treinos e escolhe Cleber. Que cometeu o pênalti do primeiro gol do Ramalhão e depois vacilou no terceiro. Noite para esquecer.

Se já não bastasse, o enredo é formado por outros ingredientes indigestos. Ausência de triangulações, espaçamento na hora de defender, vacilos em rebotes…a lista é constrangedora, temperada ainda com Camilo, que poderia exibir algo melhor.

Temos motivos suficientes para crucificar Kleina. Instalar o desespero porque no domingo tem o Botafogo de Ribeirão Preto e na quinta-feira o Corinthians.

Ok, concordo que o trabalho de Kleina deve ser questionado e uma reação tem que ser imediata.

Agora, não é possível que nesta pré-temporada, na infinidade de treinos fechados realizados, nenhum desses sintomas não apareceram. Se Gilson Kleina executa o trabalho, o executivo de futebol Gustavo Bueno tem o dever de avaliar e corrigir os rumos. Alertar e pedir ajustes. Seu trabalho é de gabinete sim. Mas também é de campo.

Quando você está no início do ano letivo e tira zero na primeira avaliação não existe a reprovação automática. Afinal existe uma longa estrada a ser percorrida. Mas não dá para tirar nota vermelha a vida toda. Que o recado seja assimilado.

(Elias Aredes Junior)

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