Ponte Preta e Marcelo Oliveira: o parceiro é exigente e quer qualidade. É preciso adaptação a nova realidade

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Santo de casa não faz milagre. O termo parece velho mas é atual e com pinta moderna. Não há como fugir desta máxima ao receber a noticia que em dois dias a Ponte Preta contratou o atacante Wanderley, o lateral-direito Léo Pereira, o atacante Tiago Orobó e o volante Barreto. Quatro jogadores para encorpar um elenco que está dentro do grupo de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro.

Acredito que o pacotão é uma coincidência com relação a chegada do técnico Marcelo Oliveira. Mas precisamos ser justos e coerentes. As possibilidades do treinador conseguir êxito na sua busca pelo acesso são  maiores do que na gestão de João Brigatti. Terá mais opções. Algo deve ser ressaltado: o ex-goleiro pontepretano nunca deixou de pedir reforços.Alertou sobre a necessidade de reforçar um elenco que era curto na sua concepção. Não foi atendido. Deveria.

Uma mudança de comportamento da diretoria da Macaca em relação a outras época. Lógico, o calendário é atípico. É impossível esquecer que em 2010, o então técnico Jorginho Cantinflas assumiu a Macaca e teve uma arrancada inesquecível. Pediu jogadores para sustentar o pique no segundo turno. Não foi atendido. A equipe caiu de ponta a cabeça e o resto é história. Já em 2011 e 2014, Márcio Della Volpe atendeu aos pedidos dos técnicos de plantão e trouxe Renato Cajá. Deu certo.

Agora, a injeção de combustível é maior. Elenco vasto para suportar o calendário? Verdade. De outro, também é verdade que quando você tem no comando um técnico duas vezes campeão brasileiro, uma vez vencedor na Copa do Brasil e acostumado com a parte de cima da tabela. Em resumo: a sua palavra e suas requisições tem peso e voz.

A boa precisa acostumar-se com tal rotina. Se quiser conviver com profissionais de ponta, terá que encontrar-se pronta para satisfazer as suas vontades. É o preço do futebol.

(Elias Aredes Junior- foto de Alvaro Junior-Pontepress)