Ponte Preta e quando o ódio apaga as virtudes. Leia e entenda!

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No meio da onda de reclamações contra a atuação da arbitragem, torcedores e jornalistas esqueceram do facho de esperança lançado pela arbitragem após o empate com o Vitória por 2 a 2.

Antes que comecem as reclamações, digo logo de cara: evidente que agora, depois da partida, é fácil falar sobre o erro de Pintado nas substituições, especialmente quando retirou os atacantes Eliel e André para colocar o lateral Mailton e o atacante Paulo Baya.

A análise, no entanto, não pode ser executada em cima da paixão. As alterações estão dentro de um contexto de emergência, cuja principal peça é a expulsão de Matheus Jesus aos 15 minutos do primeiro tempo.

Mais do que a vantagem de 2 a 0, os 15 minutos iniciais da Macaca demonstram quais as intenções de Pintado. Em primeiro lugar, a ausência do esquema dos três atacantes.

Sua aposta é na mobilidade de Eliel e André e no preenchimento do meio-campo, com dois volantes e dois armadores.

Efeito imediato: para começar, existe a possibilidade de um toque de bola mais efetivo e aproximação com os atacantes. Sem contar que diminuiu e muito a possibilidade da famosa ligação. Com treinamento e sincronização, é possível que os laterais recebam sempre o auxilio dos volantes e dos meias.

Neste contexto, é de bom grado apontar o retorno da boa produção de Léo Naldi. Fez um gol, participou de outro e deu o dinamismo que era presente nos tempos de Hélio dos Anjos.

A expulsão impediu a visualização de maiores alternativas táticas e técnicas da equipe. Mas uma lição já fica: é possível jogar diferente e melhor. Não é pouco.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)