Ponte Preta, Red Bull Bragantino e a constatação: por enquanto, não dá sequer para pensar em competir!

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Não mudo uma virgula daquilo que falei e escrevi sobre a vitória da Ponte Preta sobre o Santos por 3 a 0. Uma bela atuação sob o ponto de vista técnico e tático e que mostrou o esboço do trabalho do trabalho do técnico Fábio Moreno.

Time veloz, compacto e letal no contra ataque.

Perder de 2 a 0 para o Red Bull Bragantino é normal. A alvinegra jogou contra um integrante da Série A, participante da Copa Sul Americana e com capacidade de investimento maior.

Estimativas dizem que em 2020, o Massa Bruta teve um orçamento de R$ 200 milhões. Prova da especulação encontrar-se acertada é a compra de Arthur junto ao Palmeiras por R$ 20 milhões.

O torcedor nem devia ficar espantado com o rendimento do oponente e a produtividade baixa do time na derrota.

Os 90 minutos no estádio Nabi Abi Chedid foram didáticos em demonstrar como a Ponte Preta infelizmente pegou a estrada do atraso em termos administrativos. Um trajeto que começou Vanderlei Pereira com o rebaixamento em 2017, passou pela gestão ruim de José Armando Abdala Junior e culmina com os desacertos e equívocos de Sebastião Arcanjo desde novembro de 2020.

Fábio Moreno administra o espólio. A cada passe de Camilo, Moisés ou de João Veras, qualquer torcedor da Macaca consciente  faz a relação com aquilo que é divulgado nos bastidores: de 2017 a 2020, queda de 30% no patrimônio líquido; receita de R$ 69 milhões em 2017 para R$ 32 milhões em 2021. Gestão que encerra com déficit de R$ 9,7 milhões em dezembro de 2020 e ainda comemora!

Seja sincero: em temperatura normal é possível fazer frente com o Red Bull Bragantino? É viável apresentar uma equipe competitiva e capaz de brigar pelas primeiras posições? Pois é.

Fábio Moreno e os jogadores não são super heróis. São trabalhadores que, dentro de suas limitações, tentam recolocar a Ponte Preta no lugar que ela merece.

E que foi retirada devido as vaidades e brigas políticas. E por posições equivocadas de um líder político – Sérgio Carnielli- que em 26 anos sempre pensou no hoje, nunca no amanhã.

Não, não vou eleger a Macaca como candidata ao rebaixamento na Série A-1 do Paulistão ou na Série B do Brasileirão. Longe disso. Mas infelizmente, se brigar por posições maiores terá que contar com o acaso. Por enquanto, só postula posições intermediárias. O torcedor não merece.

(Elias Aredes Junior)