A Ponte Preta encerrou a sua participação na Série B do Campeonato Brasileiro com uma vitória sobre o Coritiba de virada por 3 a 2. Os gols de Josiel, Léo Naldi e Pedrinho conduziram o clube a campanha com 49 pontos. Campanha decepcionante e que se não fosse pela vontade dos atletas e a capacidade de aglutinação de Gilson Kleina o final poderia ser outro. Muito pior.
É preciso galgar uma nova etapa. Com a vitória do Movimento Renascer Pontepretano certamente novos rumos serão adotados no futebol profissional e nas categorias de base. Um novo estilo de jogo, um perfil diferente de atletas e talvez uma nova relação estabelecida com o mundo do futebol.
A expectativa é criada por apenas um fato: a provável presença de Marco Antonio Eberlin na diretoria executiva. Condutor do futebol pontepretano de 1997 a 2006 tem alguns pontos a apresentar: disputou por nove temporadas a série A do Brasileirão e nas competições que disputou do começo ao fim jamais sentiu o gosto do rebaixamento.
Revelou jogadores, treinadores e algo deve ser dito: a maioria dos ex-jogadores que trabalharam com ele sempre tem palavras positivas para falar sobre o seu trabalho. Claro, esse quadro pode ser diferente diante das mudanças do futebol atual. Mas é algo que não pode ser ignorado.
Sob o comando de Eberlin, os técnicos já sabiam que a Macaca tinha uma filosofia clara de jogo: marcação forte, saída de bola qualificada a partir do campo defensivo e muita velocidade pelos lados e de preferência com um centroavante de referência para explorar o jogo aéreo.
O aproveitamento das categorias de base deve ser mais intenso. Sem contar que não ficarei surpreso se uma rede de olheiros e observadores for acionada em todo o Brasil para contratar jogadores com baixo custo e que no futuro viabilizem revenda a Ponte Preta. São ideias que estão presentes nas entrevistas feitas com representantes do MRP e pelo próprio Eberlin.
Vai dar certo? Não há como prever o futuro. Algo, no entanto, é certo: a margem de erro é curta. A nova diretoria não terá direito de errar. A torcida pontepretana não aguenta mais tanto sofrimento.
(Elias Aredes Junior com foto de Álvaro Junior-Pontepress)