Na reunião do Conselho Deliberativo realizado na manhã deste sábado, a ausência do grupo político de Sérgio Carnielli colocou em risco a aprovação do balanço financeiro. Eram votos garantidos para aprovação do documento.
Ao Carnielli deixar o presidente Sebastião Arcanjo na mão o risco de reprovação era inevitável. Tiãozinho conseguiu driblar a armadilha e recebeu o sinal verde. Ponto para ele.
Como também deve ser enaltecida a sua determinação em falar tudo abertamente na questão da negociação do goleiro Ivan, do volante Camilo e todos os temas inquiridos pela assembleia. Um gesto que mostra a sua disposição em fugir da sina iniciada com Márcio Della Volpe e José Armando Abdalla Junior.
Vou avisar: é pouco. Quase nada. De nada adianta adotar gestos que constrangem o presidente de honra e seu grupo político se não existe o rompimento de fato e de direito.
Em curto prazo podem até agradar e trazer satisfação a galera oposicionista, mas em médio e longo prazo fica como gesto dúbio, sem definição.
O que seria ideal? A inclusão da palavra coragem no cardápio. Não quer ficar ao lado de Sérgio Carnielli? Então, vá e fale. De modo claro. Seja sincero. Diga com todas as letras que não há como entrar em acordo. E arque com as consequências.
Viver é escolher.
A torcida da Ponte Preta, nesta altura dos acontecimentos, não quer apenas time competente, jogadores de qualidade e conquistas no gramado. Ela deseja sinceridade com gentileza e educação; transparência com honestidade. Preto no branco.
Não sou de citar versículos bíblicos em meus textos. Até por uma questão de respeito a todas as religiões.
Dessa vez vou abrir exceção.
Nos versículos 15 e 16 do terceiro capitulo do livro de Apocalipse, localizado no Novo Testamento, há um texto que define com perfeição o atual momento da Ponte Preta.
Diz o texto: “Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”, relata o livro sagrado.
A torcida da Ponte Preta está esgotada de lidar com gente morna.
(Elias Aredes Junior)