Uma dica aos integrantes do Conselho de Administração do Guarani: quem não se comunica se trumbica!

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Eliandro é detectado no exame antidoping. Torcedores realizam protesto no hotel destinado a concentração do Guarani. A equipe oscila na reta final e corre o risco de cair para terceirona nacional. Todos estes fatores tem algo um comum: o silêncio do presidente Palmeron Mendes Filho e de todo Conselho de Administração. Poucas declarações, nenhuma satisfação e ausência de contato com o torcedor.

Interessante é observar que parece existir uma tentativa sistemática de se distanciar do antecessor Horley Senna, que falava a torto e a direito. Seus erros eram na parte administrativa e no trato com a oposição. No quesito de relacionamento com a imprensa e também com a torcida, não havia como colocar-se contra. Errou na dose em alguns momentos? Não há dúvida. Exemplo disso é o bate-boca protagonizado por intermédio do site oficial com o presidente pontepretano Vanderlei Pereira. Desnecessário.

Agora, isso não quer dizer que a mudez é o caminho para redenção. Muito pelo contrário. Palmeron argumenta nos bastidores que entrou em contato com Eliandro e para preservar o jogador a resolução foi a de não dar qualquer declaração. É um direito do mandatário e do atleta. Elogie-se o respaldo jurídico.

Só que uma pergunta emerge: o Conselho de Administração tem por prioridade atender aos interesses da torcida e dos associados e apenas do Guarani ou dos atletas? Claro que Eliandro não pode ficar desassistido neste instante delicado de sua vida profissional. Só que o torcedor também tem direito de saber como tudo aconteceu. Quais os cuidados que o Guarani tomará de agora em diante para evitar episódios como esse.

Mais: ratificar que o clube está ao lado do jogador e dará toda assistência ao atleta. Guardadas as exceções de praxe, todos os outros clubes tomam tal postura quando ocorrem casos de doping. Ou seja, dão entrevista, esclarecem e atualizam as informações. Por que com o Guarani seria diferente?

E mais: integrantes do Conselho de Administração precisam compreender e assimilar que as criticas se constituem em parte do trabalho da imprensa. O time com Vadão somou 31 pontos. Sua demissão foi executada de modo abrupto. Marcelo Cabo foi arregimentado e não deu certo. Derrotas humilhantes estão no portifólio do atual campeonato como a derrota para o Paraná. Como deixar de apontar tais erros?

Não é hora de caça as bruxas, isolamento compulsório ou de perseguição contra aqueles que desejam realizar seu trabalho. A hora é maturidade, compreensão da situação e aglutinação dentro do clube em torno de um único objetivo. Ah! E caso a permanência aconteça, sem declarações vingativas contra pessoas da oposição e dos veículos de comunicação.

Falar para sustentar o elo com a torcida. Trabalhar para corrigir os equívocos. Conceitos que devem ser presentes no momento delicado do Guarani. Antes que seja tarde.

(análise feita por Elias Aredes Junior)