O Guarani venceu o Santa Cruz. Chegou aos 31 pontos e deixou no passado a má fase. Deu fôlego para a comissão técnica pensar em alternativas e planejar os próximos passos. Não é pouco.
Com a qualidade técnica da Série B é mediana, não é delírio imaginar que a nova concepção tática imaginada por Vadão e sua comissão técnica dê os resultados desejados.
Bruno Nazário como camisa 10 e autor de contra-ataques nas costas da defesa adversária, a segurança e velocidade de William Rocha e Ewerthon Páscoa no sistema defensivo, o dinamismo demonstrado por Betinho no segundo jogo seguido e a disciplina tática de Juninho para fechar os espaços e ainda locomover-se no sistema defensivo…Não faltam qualidades para este “novo” Guarani.
Problemas? Especificamente o desentrosamento, o que fez com que as jogadas de bola trabalhada não tivessem sucesso. Insistir na espinha dorsal é o segredo para tal problema ser diminuído nas rodadas seguintes.
Um obstáculo deve ser retirado: a classificação geral. Explico. O Guarani necessita esquecer as minimetas e pensar jogo a jogo. Encarar cada desafio com circunstância especifica. Exemplo prático: o Figueirense é uma equipe frágil, enrolada em problemas administrativos e hoje candidata ao rebaixamento. Seria aceitável que seriam três pontos faturados dentro da minimeta e aproximação dentro da classificação.
Que ninguém se iluda: será uma guerra. O técnico Milton Cruz busca uma nova formação e colocará o confronto no estádio Orlando Scarpelli como algo fundamental para a construção de um bom segundo turno. Ou seja, clima de guerra. Como pensar em minimeta diante deste desafio? Salutar é assistir aos jogos, treinar alternativas para vencer o Figueirense, independente dos benefícios do triunfo.
Na sequência, o Vila Nova será o oponente dentro do Brinco de Ouro. Confronto diretíssimo. Uma vitória e o retorno ao G4 pode ser possível. Agora pense na pressão desnecessária a ser gerada se durante a semana de treinamentos se os dirigentes, jogadores e integrantes da Comissão Técnica ficarem focados na pontuação e no cumprimento da minimeta do que nos perigos da competição.
Neste instante, o conselho ao Guarani é único: esqueça o campeonato e a pontuação. Pense jogo a jogo. E nas dificuldades de curtíssimo prazo. Para depois retornar ao planejamento.
(análise feita por Elias Aredes Junior)