Gilson Kleina tinha tudo para fazer história na Ponte Preta. Após assumir a equipe bagunçada e sob desconfiança para substituir Felipe Moreira, o treinador levou a Macaca a decisão do Campeonato Paulista – o que era tido como improvável, principalmente por enfrentar equipes como Santos e Palmeiras na fase decisiva da competição. A Ponte não ficou com o título no embate contra o Corinthians, mas ficou conhecida nacionalmente pelo potencial demonstrado no primeiro semestre.
Mas, depois de quatro meses, a situação é diferente no Majestoso. Gilson Kleina está sendo pressionado e uma troca no comando técnico não está descartada. O presidente de honra, Sérgio Carnielli, maior defensor do trabalho do treinador também liberou a consulta a outros profissionais no mercado como Jorginho, Eduardo Baptista e Vadão. Para exemplificar o martírio vivenciado por Kleina em Campinas é preciso analisar os números.
Nesta segunda passagem de Kleina no Majestoso foram 36 jogos em quase seis meses de trabalho. A Macaca venceu 13 triunfos e também perdeu 13, além de 10 empates. Após o revés contra o Sport, o saldo de gols ficou negativo pela primeira vez. Foram 39 gols marcados e 41 sofridos. Em 108 pontos disputados, o aproveitamento é de 45,3%.
A proximidade com a zona de rebaixamento no Brasileirão e a iminente saída da Copa Sul-Americana não contribuem para quem defenda a permanência de Kleina nos bastidores. Nos últimos oito jogos, a equipe conquistou apenas uma vitória. O próximo compromisso será diante do Atlético-GO, sábado, no Majestoso, e segundo apurou a reportagem, a presença de Kleina não está assegurada até lá.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)