Ao perder do Barretos por 2 a 0, no último domingo e deixar escapar a oportunidade de disputar as quartas de final da Série A-2 do Campeonato Paulista, o Guarani passou a conviver com um adversário nada agradável: a ociosidade.
Levantamento feito pelo Site Sóderbi mostra que ao estrear na próxima edição da Série C, contra o Guaratinguetá, no dia 22 de maio o Guarani totalizará 463 dias sem jogar futebol desde o final do Campeonato Paulista de 2013, quando foi rebaixado e imediatamente passou a se preparar para sua primeira participação na Série C. Na ocasião, foram 40 dias sem jogar. Os 463 dias equivalem a 15,4 meses.
Para chegar ao resultado, foram incluídos os intervalos entre o final da temporada de um ano e o começo de outra, além dos intervalos verificados no mesmo ano entre a competição regional e a nacional. Se for retirado o período de intervalo verificado na mesma temporada, o período de inatividade nos últimos três anos chegará a 344 dias no dia 22 de maio.
Desde que foi rebaixado para a Série C em 2012, o Alviverde passou a conviver com um calendário intenso no primeiro semestre e com jogos espaçados na parte decisiva no calendário. Como não disputa as fases decisivas da terceirona, logo após o encerramento da primeira fase, o jeito é conviver com um longo período de inatividade.
A decepção pela campanha na Série A-2 foi maior especialmente porque o Guarani nunca teve tanto tempo de preparação. Pintado comandou a equipe no último jogo da Série C de 2015, a vitória de 5 a 3 sobre o Caxias, no dia 27 de setembro e voltou ao gramado no dia 30 de janeiro, quando bateu o Monte Azul por 3 a 1. Entre um jogo e outro foram 126 dias de inatividade.
Na temporada passada, Marcelo Veiga não teve como argumentar que o tempo de trabalho prejudicou seu trabalho. Ele estava no clube no dia 04 de outubro de 2014, quando o Guarani empatou com o Tupi em Americana e deu adeus a Série C. O time retornou ao gramado 112 dias, na vitória por 1 a 0 sobre o Monte Azul, no dia 31 de janeiro de 2015, válido pela Série A-2.
O único período sábatico com mudança de treinador ocorreu no entre as temporadas de 2013 e 2014. Rejeitado pela torcida, Tarcisio Pugliese despediu-se do banco bugrino no dia 12 de outubro de 2013, no empate por 1 a 1 com o CRAC de Catalão. No dia 18 de novembro do mesmo ano, Márcio Fernandes assumiu como treinador do Guarani. No total, o período de ociosidade foi de 106 dias.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior- Foto-Rodrigo Villalba-Memory Press)