As missões da Topper na Ponte Preta: atenuar a pirataria e olhar para o bolso do torcedor pobre

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A Ponte Preta anunciará oficialmente, nos próximos dias, a Topper como fornecedora do seu material esportivo. Após três anos de parceria com a Adidas, a Alvinegra disputará a Série B com nova roupa.

Para clubes do porte da Macaca, importa a projeção que a marca traz. Recursos como aqueles recebidos por Flamengo, Corinthians e Cruzeiro são distantes da realidade.

Independente dos termos do acordo, alguns cuidados devem ser adotados. Clube e fornecedora estão com duas missões: combater a pirataria e oferecer produtos acessíveis aos consumidores de baixa renda.

São requisitos interligados. A pirataria só existe porque vivemos em um país, cujo salário mínimo é pífio e o poder de compra do torcedor é escasso. As fornecedoras, ao invés de se adequarem a realidade, vivem em um mundo de ilusão e jogam nas alturas o preço das camisas oficiais.

Resultado em Campinas: a rua Álvares Machado, o famoso camelódromo, é cheio de opções sem o carimbo das fornecedoras mas dentro do bolso do torcedor.

Festa e tapinhas nas costas por uma nova parceria não vão adiantar nada se o torcedor excluído – e pobre – da Macaca não tiver condições de vestir o manto precioso. Pensar em cifrões sem o alicerce da paixão é desmoronamento na certa. Em médio e longo prazo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)