João Brigatti surfa na onda de interinos e encurta caminho para efetivação na Ponte

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Em sua quarta passagem como interino, João Brigatti já se acostumou com o papel de bombeiro e apresentou eficiência para controlar os últimos incêndios na Ponte Preta. A diferença é que, desta vez, ele tem a chance de ser efetivado graças aos bons resultados obtidos depois da demissão de Doriva – duas vitórias (Goiás e Brasil de Pelotas) e um empate (Oeste).

O presidente José Armando Abdalla Júnior, inclusive, havia adiantado que só iria ao mercado depois de fazer uma análise prévia do desempenho do time. Depois de dez dias, o ex-goleiro vive situação parecia com a de Fábio Carille no Corinthians. Há dois anos, com a saída de Tite e os insucessos com Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges, a diretoria paulistana se viu obrigada a apostar no auxiliar técnico permanente do clube, principalmente pelo agravante da crise financeira, que impediu o clube a trazer um profissional mais tarimbado.

Na Macaca, a situação é semelhante. Sem poder de investimento, a prioridade é trazer reforços para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro, o que pesa a favor da efetivação do prata da casa como forma de redução de custo. Ele, inclusive, nunca escondeu que tem o sonho de ser técnico do clube.

“Em relação a ser efetivado, estou aqui para trabalhar a favor da Ponte Preta. O primeiro objetivo era sair daquela situação difícil e, com espírito lutador, buscar algo maior no campeonato. Quando você vislumbra ser treinador, é um pouco diferente e esse é o meu caso. Eu tenho esse sonho e vou conseguir, pois me preparei bastante. O objetivo inicial era resgatar o que estava sendo perdido no clube”, disse, em entrevista coletiva.

Contratado para ser auxiliar em dezembro de 2016, o ídolo alvinegro recebeu sua primeira oportunidade após saída de Felipe Moreira, em março de 2017, quando ficou por quatro jogos e conseguiu um triunfo, duas igualdades e uma derrota – 41.6% de desempenho.

Durante a segunda passagem, foi apenas um tapa-buraco entre a queda de Gilson Kleina e a chegada de Eduardo Batista. Para se ter uma ideia, o profissional comandou o time em apenas um jogo – triunfo sobre o Sport, na Copa Sul-Americana, mas amargou a eliminação no torneio continental.

A queda de Baptista, em março, representou nova oportunidade, cujo aproveitamento foi de 57.1%. Ao todo, foram três vitórias, três empates e uma derrota, entregando o time para Doriva com o título do Troféu do Interior e vaga carimbada à quarta fase da Copa do Brasil.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)