O gerente de futebol, Marcelo Barbarotti, deu declarações à imprensa sobre o planejamento da Ponte Preta para o restante da Série B do Campeonato Brasileiro. Fez o certo. O torcedor merece explicações. Algo precisa ser dito. Com educação, fineza e paciência. Só que precisa. Pergunta direta: onde está a diretoria executiva da Ponte Preta?
Vamos isentar por enquanto o presidente José Armando Abdalla. Chegou hoje de viagem e seria sacanagem cobrar um posicionamento imediato. Tudo bem? Nada disso.
E o vice-presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, e que ocupou a presidência por quase duas semanas? Onde está? Pouco interessa se a torcida tem rejeição com o ex-deputado estadual e sindicalista. Ele foi eleito e o seu cargo pressupõe representar a Ponte Preta em ocasiões e também em entrevistas. Ele é a voz da instituição. Especialmente quando exerce o cargo de presidente.
Mais: qualquer andorinha ou quero-quero com disposição de andar pelo gramado do Majestoso sabe que o ex-parlamentar tem ligação e amizade com presidente de honra, Sérgio Carnielli. Como até agora não deu uma entrevista? Por que não apareceu para dizer quais os objetivos da diretoria para o restante da temporada?
Deixo claro: Abdalla presente no país não exclui a necessidade de Tiãozinho ser uma personalidade pública presente. Até pelos cargos que ocupou, o atual funcionário da CBF já deu provas cabais de sua capacidade de aglutinação e de diálogo? Por que não usa isto em benefício da Ponte Preta?
Digo tal conceito porque Marcelo Barbarotti pode e deve dar declarações. Só não pode vivenciar idêntico fim de Gustavo Bueno, isolado e jogado aos leões pela diretoria executiva anterior com a meta de ser usado como Judas do rebaixamento. Apesar da sua ineficiência na montagem do time, o isolamento foi claro e cristalino.
Que Barbarotti não caia na armadilha. E que Tiãozinho tenha consciência do seu papel neste momento delicado da Ponte Preta.
(análise feita por Elias Aredes Junior)