Os 11 dias de descanso foram bem aproveitados pela Ponte Preta. Com tempo de sobra, algo raro no calendário do futebol brasileiro, a comissão técnica conseguiu corrigir falhas defensivas de posicionamento e otimizar o aproveitamento do ataque.
Prova disso foi a postura na vitória diante do Figueirense, no Estádio Orlando Scarpelli. Com forte marcação no meio-campo, bom desempenho dos volantes e ótimo entrosamento entre zagueiros e laterais, a Macaca conseguiu segurar os catarinenses, principalmente nos 45 minutos iniciais, quando o goleiro Ivan sequer foi acionado.
“Fizemos grande primeiro e poderíamos ter matado a partida. Tivemos várias oportunidades e não conseguimos concluir em gols. Após o intervalo, com a derrota parcial, eles tiveram que tomar o comando do jogo, mas nos compartamos bem. Ganhamos o contra ataque como arma e conseguimos fechar o confronto com o Felipe Saraiva”, analisou João Brigatti.
Em virtude do intervalo na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, os profissionais campineiros dissecaram as características ofensivas do Furacão, detentor de um dos melhores números da competição. “Estudamos muito o adversário. Não poderíamos ser surpreendidos. Fechamos as ações ofensivas, pois fazem triangulações pelas laterais. Conversei bastante com os atletas sobre isso e tivemos eficiência”, comemorou o treinador.
Brigatti, ainda na emoção da vitória, pediu que o elenco alvinegro fosse mais prestigiado. Na sua visão, torcida, imprensa e diretoria não valorizam os jogadores da casa. “A gente fica emocionado porque sofremos muita pressão, mas não sabem valorizar os profissionais da Ponte. O resultado positivo faz que com valorizem os atletas, o produto de casa. Eles têm condições para jogar aqui. Temos que mudar esse pensamento. Não quero que ninguém dê moral para nós, mas sim que eles adquiram isso em campo. Esse lado psicológico é complicado”, reclamou.
Em oitavo lugar com 18 pontos, a Alvinegra volta a campo no próximo domingo, 8 de julho, quando recebe o Fortaleza, às 18h, no reencontro do torcedor com as arquibancadas do Moisés Lucarelli.
ANÁLISE DO FORTALEZA:
“O duelo contra o Fortaleza será difícil. É outra situação de jogo e totalmente diferente. Trata-se de uma equipe muito rápida. Não podemos deixar nossa defesa exposta”.
MAJESTOSO COM TORCIDA:
“A volta da torcida é maravilhosa, fez muita falta, espero que a punição não aconteça nunca mais. Foram seis vândalos que causaram todo esse transtorno. Agora, com os pés no chão, vamos em busca da vitória. Prometo garra, empenho e determinação. Isso será cobrado sempre, mas temos que respeitar o adversário. Por outro lado, dentro do Moisés Lucarelli quem manda é a Ponte Preta”.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)