Análise: que a diretoria não estrague o recomeço da história entre o campo e a arquibancada

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Não há como esconder a ansiedade do torcedor pontepretano pelo jogo do próximo domingo, contra o Fortaleza, válido pela Série B do Brasileirão. Com capacidade para 19.221 pessoas, não é difícil imaginar o Majestoso com seu maior público na temporada.

Sentimento represado pelos seis jogos com portões fechados. Só considero que não será uma festa, e sim um recomeço de história das arquibancadas com o gramado.

Os dados são irrefutáveis. Neste ano, o maior público foi diante do Flamengo, válido pela Copa do Brasil, quando 9.060 pessoas passaram pelas catracas do Majestoso. Ao fazermos uma rápida comparação, não é difícil chegar à conclusão de que uma parte da torcida encontra-se chateada e afastada.

No ano passado, a decisão do Campeonato Paulista, no dia 30 de abril, atraiu 16.048 pagantes. Em comparação com o confronto diante do Flamengo, a queda de público é de 43,54%. No dia 26 de novembro, a derrota de virada para o Vitória, válido pela penúltima rodada do Brasileirão, atraiu 12.862 torcedores. Ao confrontar com o jogo da Copa do Brasil deste ano, a queda é de 29,55%.

A torcida deverá comparecer por alguns motivos. O primeiro é a saudade de ver o seu time atuar ao vivo, sem a necessidade das transmissões com eco das televisões. É impossível ignorar que a postura por vezes errática de João Brigatti atrai e produz identificação com parte da torcida. Uma vitória longe de Campinas contra o Figueirense é outro combustível considerável.

Uma boa noticia seria se a diretoria executiva ficasse sintonizada com os anseios das arquibancadas. Que os dirigentes verificassem que campanha de manutenção no primeiro ano de Série B é um descalabro. Sem esperança no horizonte o público recorde de domingo poderá ser um fato isolado.

Que a diretoria tenha a mesma ambição de quem empunha a bandeira, senta no banco de reservas e utiliza as chuteiras. Caso contrário, ver o Majestoso ficará raro. Não por culpa do torcedor, e sim de parte da diretoria executiva dotados de uma insensibilidade assustadora.

(análise feita por Elias Aredes Junior)