Análise: declaração de juíza obriga Graziano e C.A do Guarani a darem explicações à torcida

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Reconheço que vivemos uma época de recesso do poder judiciário. Algumas decisões terão dificuldades para serem implementadas.

Mas após a manifestação na tarde desta terça-feira da juíza Ana Cláudia Torres Viana, tanto o empresário Roberto Graziano como o Conselho de Administração do Guarani deveriam vir a público e esclarecer, de uma vez por todas, o processo que fará o empresário deixar de depositar os R$ 350 mil por 10 meses. O motivo seria a antecipação realizada na Série C do Brasileirão, em 2016.

Após alguns dias de espera, a resposta da juíza, por intermédio da assessoria de imprensa, não poderia ser mais clara: “Consultei a Dra. Ana, que não confirma essa informação. Os valores adiantados ao clube serão alvo de prestação de contas e deliberação pela Justiça do Trabalho. Ela reforça também que essa prestação de contas é feita desde 2015”, disse a assessoria de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região.

São três linhas de conteúdo claro e sem interpretações. Que clama por um esclarecimento. Ninguém quer ou pede que Graziano colha prejuízo com o empreendimento.

Se pagou as dívidas trabalhistas, se está prestes a tirar o Guarani do atoleiro, é justo que tenha lucro. Que faça um empreendimento imobiliário que gere empregos, divisas e impostos ao município.

Agora, é de bom tom que tudo isso seja realizado com encaminhamento das informações a Justiça Trabalhista. Sem querer forçar a barra, a declaração da juíza deixa clara a sua falta de informação sobre a operação.

Tal fato não pode ser desprezado. É o futuro do Guarani que está em jogo. É a obediência a uma sentença que vai alterar a história de um clube centenário. Zelo, cuidado e prestação de informação é o mínimo que se espera.

Que as informações sejam prestadas não somente para o juíza, mas para a comunidade bugrina. É o minimo que se espera.

(análise feita por Elias Aredes Junior)