Danilo Barcelos reforça insucesso de aposta em velhos conhecidos da Ponte Preta

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Contratado como uma das principais esperanças para a temporada, Danilo Barcelos ainda não embalou na Ponte Preta. Nesta Série B do Campeonato Brasileiro, são só cinco finalizações ao alvo, 14 arremates errados, 278 passes certos, 19 desarmes, 11 faltas sofridas, 18 cometidas e três cartões amarelos.

Depois de passagem de destaque no ano passado (seis gols em 24 jogos), quando foi um dos poucos do elenco rebaixado que passou imune das críticas, o jogador de 26 anos tem participações mais tímidas no ataque. Mesmo com raça e avançado pelo lado canhoto – ao lado de Orinho ou Ruan -, Danilo tem tido pouca contribuição na bola parada, uma das suas especialidades, e nenhum tento anotado em 12 compromissos.

Ele tornou-se o principal personagem do plantel dirigido por Eduardo Baptista, ao lado de Lucca, na luta pela permanência. Apesar do incesso em campo, ganhou ainda mais carinho dos torcedores quando, mesmo com febre, teve atuação decisiva com duas bolas na rede na vitória diante do Atlético-PR, no Moisés Lucarelli, em novembro, dando um gás na luta contra a degola.

O momento irregular de Barcelos, aliás, reforça o insucesso da diretoria alvinegra nas apostas de jogadores identificados com o clube.

FERNANDO BOB

O volante desembarcou em Campinas no ano de 2013 e fez parte do plantel vice-campeão da Copa Sul-Americana. Autor do gol da classificação diante do Vélez Sarsfield (ARG), Fernando Bob atuou emprestado pelo Fluminense até ser adquirido pela Macaca.

Nos dois anos posteriores, foi um dos pilares na campanha do acesso e dominou o meio-campo na volta à elite. O destaque em nível nacional chamou a atenção do Internacional, que adquiriu os direitos econômicos. Sem espaço na temporada passada em Porto Alegre, retornou ao Majestoso por empréstimo, mas teve desempenho para ser esquecido. Afinal, foi um dos mais criticados do plantel rebaixado à segunda divisão.

As expulsões infantis contra Santos e Grêmio, no segundo turno, esgotaram a paciência das arquibancadas. No currículo, foram 146 confrontos e cinco bolas na rede.

RENATO CAJÁ

O meio-campista tem história rica na Ponte Preta, mas saiu pelas portas do fundo em 2017. Depois de rescindir contrato com o Bahia no primeiro semestre, chegou ao clube para liderar o meio-campo na Série A do Campeonato Brasileiro.

Fora de forma e sem ritmo de jogo, amargou o banco de reservas, sofreu com lesões e foi uma das contratações mais criticadas do então gerente de futebol Gustavo Bueno: 25 partidas e um único gol – contra a Chapecoense, em 11 de junho. Em quatro passagens, foram 43 gols em 165 jogos.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)