Futuro proprietário do estádio Brinco de Ouro da Princesa por decisão judicial, o empresário Roberto Graziano apresentou na última terça-feira, dia 24, uma nova proposta para assumir o departamento de futebol profissional e as categorias de base do Guarani, a qual será analisada em reunião do Conselho Deliberativo no próximo dia 09 de agosto e na Assembleia de Sócios do dia 13 de agosto, quando o clube irá comemorar 40 anos da conquista do título brasileiro de 1978.
De acordo com a minuta de contrato a qual teve acesso a reportagem do Só Dérbi, a cláusula segunda estabelece que os empresários e o clube teriam uma gestão conjunta com o clube no futebol e que o Guarani ficaria com a representação institucional junto à Federação Paulista de Futebol (FPF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e outras entidades. As atividades sociais também ficariam a cargo do Bugre.
No entanto, a proposta daria todos os poderes a Roberto Graziano, como mostra a cláusula terceira. “(…)Fica esclarecido que a gestão conjunta se fará sobre todos os campos, inclusive e notadamente o futebol amador, profissional, semiprofissional e profissional; a área administrativa. O estádio em que o clube manda os seus jogos; o setor comercial e todas as receitas e despesas enfrentadas pela entidade a partir da data de celebração do negociação(…)”.
Assim como na primeira proposta, o contrato estabelece que os gestores, Roberto Graziano e Felicio Bragante, ficariam com 90% dos recursos arrecadados, enquanto o Guarani teria direito a 10% do total.
Para seduzir os dirigentes bugrinos, Roberto Graziano teria acenado com um aporte de R$ 20 milhões para quitação de todas as ações cíveis. Neste caso o ressarcimento estaria previsto no parágrafo terceiro do contrato. “(…) Caso EMPRESA1 e EMPRESA2 venham a pagar os débitos cujo fatos geradores sejam anteriores a data do contrato a ser firmado, o Guarani assumirá a responsabilidade pelos débitos, realizando o reembolso por meio dos recursos obtidos neste negócio, até a liquidação total do débito, nos termos e limites do que vier a ser disposto no contrato futuro (…)”. Ou seja, o aporte de R$ 20 milhões seria descontado sobre os 10% a ser recebido pelo Guarani.
Nos bastidores, Graziano sinalizaria que traria futuramente Rodrigo Pastana para comandar o futebol, o tiraria o espaço de Luciano Dias.
Em contato com a reportagem do Só Dérbi, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, confirmou o recebimento da nova proposta por parte do empresário Roberto Graziano e do prazo de cinco anos e de Felicio Bragante, da Asa Aluminios como sócio.
Segundo ele, a renovação seria condicionada pela obtenção de resultados dentro do campo. “Não posso abrir mais do que isso”, disse. Segundo Palmeron, o empresário Nenê Zini irá apresentar oficialmente a proposta formada por um pool que tem a Elenko Sports, Traffic e Rima.
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(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)