Fortaleza e Ypiranga na Copa do Brasil comprovam: um tostão de futebol será suficiente ao Guarani

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Separei um tempo na quinta-feira (07) para acompanhar a vitória do América Mineiro sobre o Fortaleza por 1 a 0. Partida de baixo nível técnico e que foi decidida em uma cobrança de pênalti. Meu interesse no jogo nem estava sobre o Coelho, que a Ponte Preta já venceu no Brasileirão e sim em cima do Tricolor de Aço, detentor de um histórico dramático de eliminações na terceirona nacional.

Após os 90 minutos terminei com a convicção de que o Guarani precisará jogar um tostão de futebol para chegar ao acesso, mesmo se defrontar-se com as equipes mais poderosas da terceirona.

Treinado por Marquinhos Santos, percebe-se o Fortaleza bem treinado e posicionado nos 90 minutos. Conta com atletas experimentados como o zagueiro Lima, o volante Josinei, Côrrea e o atacante Anselmo. Tem um bom controle de bola e por vezes consegue efetuar viradas de jogo, apesar das latentes limitações. Só que diante da pior equipe da Série A, o Fortaleza não brilhou e sequer efetuou uma pressão capaz de transformar em gols em uma desvantagem menos desconfortável.

Ponto positivo? Sim. O Fortaleza pode até ser eliminado, mas sairá da Copa do Brasil com uma noção clara de suas virtudes e limites. Seu potencial para incomodar como visitante ou massacrar na condição de anfitrião. Situação idêntica vivida pelo Ypiranga (RS). Sem jogar um grande futebol a equipe gaúcha foi capaz de produzir embaraços mil ao poderoso Fluminense. E com esse futebol consegue sonhar com classificação no grupo B da terceirona. 

E o Guarani? Está na briga. Vai lutar pelo acesso até a última rodada. Bem provável sua classificação. No entanto, vai conviver com o mistério de desconhecer o seu real poder de fogo. A armação é deficiente? Até que ponto? Pode comprometer. Se estivesse na Copa do Brasil, o Guarani teria a plena noção do seu perfil e qualidade. Só que o futebol atual está tão nivelado por baixo que, ao assistir os seus adversários de camarote o Alviverde poderá chegar a uma conclusão simples e singela: o minimo de competência fará o Alviverde chegar longe.

(análise feita por Elias Aredes Junior)