Fernando Bob: a prova de que a Ponte Preta é refém do passado. Ou não aproveita suas categorias de base!

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Olho no grupo de Whatsapp do Só Dérbi e percebo um pequeno alarido em virtude do anúncio da rescisão de contrato de Fernando Bob junto ao Internacional de Porto Alegre. Torcedores iniciam uma discussão sobre a validade de repatriar o atleta símbolo da campanha na Sul-Americana em 2013 e uma das peças para fazer a Ponte Preta chegar à final do Campeonato Paulista do ano passado.

Tenho convicção que tal sentimento é partilhado por muitos torcedores. Não suportam assistir as seguidas faltas de João Vitor ou os erros de Nathan. Fernando Bob vira o novo Paulo Roberto Falcão em comparação com tais jogadores. Exagero? Loucura? Pode ser. É a impressão que fica.

Os sentimentos confusos ignoram algo fundamental: o que aconteceu para a Ponte Preta nos últimos anos? Não conseguir firmar um médio volante como titular no time profissional que tenha sido revelado pelas categorias de base. É um fenômeno recente. Lembre que, apesar de suas limitações, Guilherme Andrade sempre quebrava o galho quando era convocado para fechar os espaços do meio-campo ou na lateral.

Leandro Zago testou e bancou meias e volantes no Sub-20, Felipe Moreira deve contar com alguns no atual time das categorias de base e no site oficial do clube  as opções ao profissional são André Castro e João Vitor.

Os entendidos em revelações de jogadores afirmam que duas posições são obrigatórias: zagueiro e volante. Existem os atletas com talento para as funções, mas é verdade que um bom trabalho na base consegue incutir o básico na cabeça de alguns e automaticamente ser aproveitado.

A conclusão é tão simples como água: se torcedores ainda cogitam Fernando Bob é porque falta talento nas categorias de base ou o departamento de futebol profissional não consegue vislumbrar e detectar os talentos presentes no Majestoso para guindá-los ao time principal. Sem contar que André Castro e João Vitor deixam a impressão de que ocorreu erro de avaliação na hora de contratar.

Bob segue como prova de que a Alvinegra em alguns aspectos está presa ao passado.

(análise feita por Elias Aredes Junior)