Esqueçam Sérgio Carnielli! O que importa agora é a arrancada rumo ao acesso!

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João Brigatti deu uma carta ousada após a vitória sobre o Criciúma: prometeu o acesso. Ou na pior das hipóteses brigar pela vaga até a rodada derradeira. Ousadia se levarmos em consideração o equilíbrio (por baixo) da Série B. Um vacilo e a zona intermediária da classificação vira realidade. Por que tomou atitude drástica? Por que aposta na mobilização das arquibancadas. Está certo. Corretissimo.

A torcida da Ponte Preta, focada e determinada é uma força incomensurável. Não dá para medir. Pode fazer coisas do arco da velha. Como por exemplo no Brasileirão de 2003 ou de 2012, quando pegou o time no colo e obteve a permanência.

Emoção à  flor da pele. Mas é preciso uma dose de razão. É hora de ponderar. Focar no principal. Subir para a Macaca não é uma questão de mérito esportivo e sim de sobrevivência administrativa, financeira e esportiva. O patamar financeiro proporcionado pela divisão de elite é o passaporte para montar times fortes e sonhar com finais em competições de mata-mata, por exemplo.

Eu sei que as vezes dá vontade de jogar tudo para o alto e sumir do Majestoso. A bagunça administrativa, os rompantes de Sérgio Carnielli e de outros dirigentes, a ausência de democracia no ambiente interno. Tudo isso é triste e chocante para uma agremiação reconhecida pela sua convivência democrática.

Duro pensar que um presidente, um dirigente não tenha mais capacidade de gerar admiração ou amor e sim temor. Medo para trocar em miúdos. Torcedores, conselheiros e até integrantes da atual diretoria têm criticas em relação a algumas medidas tomadas e que tiveram a influência de Sérgio Carnielli.

O medo impera. Medo de falar. Medo de argumentar. Medo de expor um simples pensamento. Medo. Medo. Discorda? Cada um deveria colocar sua opinião e pronto. Não é isso que acontece. Ressentimentos e constrangimentos são gerados dia após dia, semana após semana. Ou as reuniões do Conselho Deliberativo são um mar de calmaria.

Não é hora de pensar em tal quadro. Por todas as obras que fez e pela recuperação promovida desde 1997, Sérgio Carnielli merece homenagens e respeito. Só que seu nome é um cisco, é um grão de areia perto do que representa a torcida, a nação pontepretana e das centenas de homens e mulheres que entregaram sua vida em prol do clube.

Esta potência do interior paulista não pode ficar fora da Série A. É hora de união, congraçamento, determinação e mobilização.

É hora da torcida tomar a frente e organizar caravanas e dentro do possível cortar o Brasil em busca de vitórias e pontos. Chega de brigas. Fim de vaidades. Basta de arrogância. Que seja exterminado os discursos vingativos de lado a lado.

O que interessa agora é colocar para dentro do Majestoso todas as classes sociais, homens, mulheres e crianças e todos em um só sentido na busca daquilo que é de direito da Ponte Preta: a vaga na primeira divisão nacional.

Homens nunca, jamais podem ser maiores do que uma instituição que emana raça, democracia, vida e solidariedade.

Não dá mais para adiar.

Hoje são 32 pontos.

Que a torcida encarne o espírito e ajude a somar o restante necessário para obter o passaporte para o paraíso.

(artigo de autoria de Elias Aredes Junior)