Responsáveis pela boa campanha da Macaca na Série B: Brigatti, comissão técnica e jogadores. Mais ninguém!

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A Ponte Preta encontra-se no grupo de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro. Os resultados dos outros jogos da rodada podem até tirá-la, mas é inegável que existe perspectiva de disputa da vaga. Pode fracassar? Pode. A tendência é que os jogos no Majestoso mantenham a chama acesa.

O cenário evoca a pergunta: quem é o responsável por esse sonho vivido pela torcida pontepretana? Respondo de cara: a comissão técnica capitaneada por João Brigatti, os jogadores e mais ninguém. Nem diretoria executiva, presidente de honra, gerente de futebol… Nada, nada, nada.

José Armando Abadalla Júnior? Juntamente com Gustavo Valio luta para deixar as contas em dia, o que é obrigação. Não há notícia de que tenha sugerido alguma contratação ou detonado um processo de socorro imediato. Nada disso. Assim como Marcelo Barbarotti não deve ser celebrado.

Ele fez contratações. Ok. Ninguém pode esquecer que ele deixou o time iniciar o campeonato com um elenco limitado, de parcas opções e que Brigatti precisou utilizar todas as técnicas motivacionais disponíveis para tirar leite de pedra. Victor Rangel, Nicolas e outros menos cotados chegaram quando Brigatti e seus auxiliares juntamente com os atletas já tinham mantido a a pegada. Mais: jamais devemos esquecer o rol de lambanças protagonizado por Barbarotti na chegada e saída repentina do armador Robert.

Pense: uma equipe que jogou seis jogos sem torcida, dois longe de Campinas e com aproveitamento ruim como anfitrião deveria pensar em algo maior no Campeonato? Se hoje a Alvinegra é a líder como visitante, com 20 pontos somados e aproveitamento de 60,6%, é porque Brigatti encontrou uma maneira de jogar e explorar o potencial técnico existente, apesar do alto grau de limitação. É uma fórmula calcada no contra-ataque? Não tem variação? Concordo. Tem dado certo. É o que importa.

Faço este artigo agora porque caso a primeira divisão vire realidade não faltarão “pais” para a criança bonita. É bom deixar claro desde já: sem a obstinação de Brigatti em ultrapassar as deficiências externas e políticas e conseguir vender suas ideias aos jogadores, nada disso aconteceria. Fato. Negar isso é fugir da realidade.

(análise feita por Elias Aredes Junior)