Só Dérbi analisa e compara os prováveis titulares de Ponte e Guarani no Dérbi 192

0
2.470 views

Mais de três meses após o primeiro encontro entre Ponte Preta e Guarani pela Série B do Campeonato Brasileiro, os clubes campineiros se reencontram neste sábado, às 16h30, no estádio Moisés Lucarelli, com muitas mudanças nos elencos. Apesar de algumas dúvidas nas escalações das duas equipes, o Só Dérbi comparou os jogadores e os técnicos que farão o clássico levando em consideração as seguintes prováveis formações:

  • Ponte Preta: Ivan; Igor Vinícius, Renan Fonseca, Reginaldo e Nicolas; Nathan, Bruno Ramires e Lucas Mineiro; André Luís, Hyuri e Júnior Santos. Tec. João Brigatti
  • Guarani: Agenor; Kevin, Philipe Maia, Fabrício Dornellas e Pará; Willian Oliveira e Ricardinho; Matheus Oliveira, Rafael Longuine e Jefferson Nem; Bruno Mendes. Tec. Umberto Louzer

Assim, comparamos:

  • Ivan  x  Agenor;
  • Igor Vinícius  x  Kevin;
  • Renan Fonseca  x  Philipe Maia;
  • Reginaldo  x  Fabrício Dornellas;
  • Nicolas  x  Pará;
  • Nathan  x  Willian Oliveira;
  • Bruno Ramires  x  Ricardinho;
  • Lucas Mineiro  x  Rafael Longuine;
  • André Luis  x  Matheus Oliveira;
  • Hyuri  x  Jefferson Nem;
  • Júnior Santos  x  Bruno Mendes
  • João Brigatti  x  Umberto Louzer

Veja a análises e seleções do jornalista responsável pelo portal, Elias Aredes Junior, e dos colaboradores Eduardo Martins, João Marcos Carneiro e Lucas Rossafa.

Eduardo Martins:

Goleiro: Ivan – Prata da casa, o jovem pontepretano tem um futuro brilhante pela frente. No seu primeiro ano como titular da Macaca faz uma temporada sólida, dando segurança a defesa e é o principal destaque alvinegro no ano.

Lateral-direito: Igor Vinícius – Contratado para substituir Emerson – negociado com o Atlético-MG -, o ex-atleta do Ituano tomou conta da posição e se tornou líder de assistências na Série B.

Zagueiro 1: Renan Fonseca – Mais um prata da casa, é o líder do time e peça importante no sistema defensivo mesmo depois de falhar em algumas partidas.

Zagueiro 2: Fabrício Dornellas – Experiente e com passagem por grandes clubes como Palmeiras e Flamengo, o defensor foi contratado recentemente, atuou em apenas duas partidas, já marcou um gol, enquanto o Guarani não teve sua defesa vazada.

Lateral-esquerdo: Nicolas – Lateral com nível para jogar a Série A do Campeonato Brasileiro. Rápido, se destaca pela força ofensiva e tomou conta da posição na Ponte Preta.

Volante: Willian Oliveira – Jovem, fez o torcedor bugrino esquecer o capitão Baraka – negociado com o futebol árabe. Mais um que se tornou titular absoluto no time de Umberto Louzer.

Meio-campista 1: Ricardinho – Motorzinho do meio-campo Alviverde, Ricardinho é destaque desde a Série A2. Fez o gol do acesso e pode ser considerado um dos jogadores com maior nível técnico nesta Série B.

Meio-campista 2: Rafael Longuine – Contratado junto ao Santos, Rafael Longuine vem honrando a camisa 10 que já foi usada por ídolos como Neto e Fumagalli. Não à toa, é o artilheiro do Guarani na Série B.

Atacante 1: André Luís – Vindo do Cianorte, chegou a Campinas como um desconhecido. Em pouco mais de quatro meses, marcou dois gols no primeiro dérbi e se tornou o artilheiro pontepretano na Série B e na temporada. Peça chave no esquema de João Brigatti.

Atacante 2: Hyuri – Após passagens fracassadas por Atlético-MG e Ceará, Hyuri está retomando seu futebol na Ponte Preta. Rápido, o atleta forma um trio de alto nível com André Luís e Júnior Santos.

Atacante 3: Júnior Santos – De contestado a aplaudido: essa é a melhor definição para Júnior Santos na Ponte Preta. Criticado pela dificuldade de balançar as redes, o camisa 9 superou as adversidades e se tornou o vice-artilheiro pontepretano na Série B com seis gols.

Técnico: Umberto Louzer – Treinador campeão da Série A2, foi obrigado a remontar um time que sofreu desmanche durante o primeiro turno da Série B. Seu trabalho é tão bom, que nesse momento o Guarani está a um ponto do G4, na quinta colocação.

Elias Aredes Junior:

Goleiro: Ivan – O goleiro pontepretano é ágil, tem boa colocação e dotado de liderança apesar de ser jovem, com 20 anos. Já o goleiro bugrino ainda precisa transmitir confiança. O arqueiro da Ponte está melhor.

Lateral-direito: Kevin – Dois jogadores com claras limitações. Igor não tem qualidade ofensiva. Kevin também, mas fica um pouco por ser um jogador que sabe trabalhar o cruzamento rasteiro para complemento no primeiro pau. Evoluiu ainda nos cruzamentos a partir da linha fundo.

Zagueiro 1: Renan Fonseca – O primeiro vacila em algumas jogadas, mas é eficiente na jogada área, especialmente ofensiva. O zagueiro bugrino peca por ser violento em algumas jogadas. Ponto para a Ponte.

Zagueiro 2: Fabrício Dornellas – Partidas ruins foram registradas pelo beque pontepretano. Apesar de encontrar-se em dois jogos, o time ganhou estabilidade com sua presença. Ponto para o bugre.

Lateral-esquerdo: Empate – Ambos com algumas virtudes ofensivas e vacilos defensivos.

Volante: Empate – Ambos começaram bem em suas posições. Agora alternam altos e baixos. Não há destaque.

Meio-campista 1: Ricardinho – Páreo duro. Ricardinho é dinâmico, tem chegada e chute perigoso. Bruno Ramires é um atleta que sabe chegar na área, arrematar com qualidade. O volante Ricardinho ganha por pouco, mas ganha.

Meio-campista 2: Rafael Longuine – Diga-se que o volante pontepretano evoluiu. Passa melhor, chuta com eficiência e sabe aquilo que faz em campo. Mas o camisa 10 bugrino encontra-se em fase melhor no arremate e tem habilidade. Melhor para o Alviverde.

Atacante 1: André Luís – Nesta a Ponte Preta leva vantagem. André Luis tem explosão, desafoga como poucos e gols. Quanto ao armador bugrino, verifica-se que tem qualidade, mas está em estágio inferior.

Atacante 2: Hyuri – Dois recém-chegados aos dois clubes. Por demonstrar um entrosamento melhor e mais espírito coletivo, o atacante pontepretano fica na frente.

Atacante 3: Bruno Mendes – Centroavante bugrino tem técnica mais apurada. Além disso, auxilia o time na bola área defensiva. Júnior Santos melhorou. Muito. Sua força é notável. Mas o camisa 9 bugrino está na frente.

Técnicos: João Brigatti – Umberto Louzer é campeão da Série A-2. Verdade. Total. Livrou-se de diversas ameaças de demissão. Fato. Mas o ex-goleiro pontepretano, apesar da pontuação menor faz um trabalho mais qualificado. Por que? Porque faz muito com pouco. Detalhe: foi campeão do interior com uma equipe ameaçada de rebaixamento. Neste caso, ponto para a Ponte Preta.

João Marcos Carneiro:

Goleiro: Ivan – Sete anos mais jovem que o arqueiro adversário, o pontepretano se destaca na temporada como um dos principais acertos do time para o ano de 2018. Com defesas importantes e até pegando pênaltis, Ivan já demonstra, logo no primeiro ano como profissional, que tem muito futuro pela frente. Do outro lado, Agenor acaba de chegar e após passagem com poucos jogos pelo Sport ainda tem muito a provar.

Lateral-direito: Igor Vinícius – Esta posição é uma das mais equilibradas das duas equipes, já que ambos os atletas têm boa marcação e aparecem bem nas jogadas ofensivas. A escolha por Igor tem relação com o maior tempo com a camisa titular da Macaca e pelo fato de já ter atuado no primeiro encontro, em maio, no Brinco de Ouro. Na época, Lenon, hoje no Vasco, era o camisa 2 do Bugre.

Zagueiro 1: Renan Fonseca – A experiência e as boas atuações ao longo da temporada pesaram na escolha. Além disso, o concorrente, Maia, costuma receber muitos cartões, mais um fator para desempatar a disputa.

Zagueiro 2: Fabrício Dornellas – Outra posição onde os jogadores se equivalem. Como jogam do mesmo lado da zaga, a comparação teve de ser feita e o fato de cobrar faltas com muita qualidade pesou para que o recém-chegado no Brinco levasse a melhor. Porém, no quesito marcação, ambos são os dois melhores zagueiros deste dérbi.

Lateral-esquerdo: Pará – Mais uma vez pesou a qualidade nas cobranças de falta. Um dos batedores oficiais do Guarani, o lateral até já marcou gol e por isso desbanca Nicolas, que nos primeiros jogos com a camisa da Ponte já tomou conta da posição.

Volante: Willian Oliveira – Aqui a vantagem é bugrino pois Willian ajuda também na criação de jogadas. Com bom posicionamento, o volante bugrino vai além da marcação e roubadas de bola, diferentemente de Nathan, que cumpre bem essa primeira função, mas não tem tantas características ofensivas, afinal é zagueiro de origem.

Meio-campista 1: Ricardinho – Titular absoluto do Guarani desde que estreou pela Série A2, o atleta é um dos mais regulares na temporada se comparados os dois times. Bruno Ramires tem qualidade, já mostrou isso com a camisa do Cruzeiro, mas acabou de chegar e ainda tem de construir sua história na Ponte.

Meio-campista 2: Rafael Longuine – Artilheiro do Bugre no campeonato, Longuine caiu como uma luva ao time e parece que joga em Campinas faz tempo. É bem verdade que joga com mais liberdade do que Lucas Mineiro, o que dificulta a comparação, mas é praticamente impossível fazer uma seleção do dérbi 192 sem o camisa 10 do Guarani.

Atacante 1: André Luís – Os sete gols na competição fazem a diferença nesta análise. O jogador da Ponte superou as desconfianças de quando chegou e ainda deixou dois tentos no primeiro dérbi no Brinco.

Atacante 2: Hyuri – Outra situação em que a comparação é difícil, já que ambos chegaram recentemente aos times e fazem as primeiras partidas como titulares. Porém, o desempate se dá no histórico de Hyuri, atleta que apareceu como destaque no Botafogo de 2013, e pelo fato de já ter balançado as redes adversárias.

Atacante 3: Júnior Santos – Tecnicamente, Bruno Mendes é superior a Júnior Santos, porém o atacante da Macaca vive melhor momento nesta Série B. Como centroavante vive de gol e o pontepretano tem seis, dois a mais que o adversário de posição, leva a vantagem nesse cara a cara.

Técnico: Empate – Os dois comandantes fazem parte da chamada nova geração de treinadores. Cada um já conseguiu dar a cara que deseja às equipes e conquistaram taças na temporada. Louzer, mesmo com as constantes alterações no elenco bugrino, venceu a Série A2 e deu o acesso ao Bugre. Enquanto isso, do outro lado, Brigatti assumiu no final do Paulista e ainda conseguiu levantar o Troféu do Interior.

Lucas Rossafa:

Goleiro: Ivan – São 21 anos de muita personalidade e talento. Assumiu a posição deixada por Aranha e não sentiu a pressão. É o principal destaque do elenco na temporada.

Lateral-direito: Igor Vinícius – Válvula de escape importante pelo lado direito. É titular absoluto desde a segunda rodada e se notabiliza pela força ofensiva.

Zagueiro 1: Renan Fonseca – Liderança e experiência são fundamentais para um clássico.

Zagueiro 2: Fabrício Dornellas – Dois jogos foram mais do que suficientes para comprovar seu talento. Ágil nos botes, bom posicionamento e importante na bola parada.

Lateral-esquerdo: Nicolas – Nível técnico superior em relação ao concorrente bugrino. Atuou no meio-campo do Atlético/PR e tem potencial para ajudar no ataque. Mostrou ser regular.

Volante: Willian Oliveira – Substituiu Baraka e não sentiu a responsabilidade. Ágil nos botes e, às vezes, aparece na frente. Grata surpresa.

Meio-campista 1: Ricardinho: É o pulmão do Guarani no meio-campo. Herói do acesso na Série A2, mantém alto nível de competitividade. É o grande alicerce do time.

Meio-campista 2: Rafael Longuine – Foram 17 partidas consecutivas como titular e status de intocável. Oito gols na Série B, velocidade e passes precisos. É o cara do Guarani. Tem nível técnico acima dos demais.

Atacante 1: André Luís – São nos pés do camisa 7 em que a torcida pontepretana deposita confiança. É o principal jogador do time. Artilheiro nos pontos corridos, marca e ataque como poucos no elenco.

Atacante 2: Hyuri – A experiência internacional e os tempos de Atlético-MG podem ajudar. Aos poucos, vai ganhando entrosamento necessário para se tornar ainda mais útil.

Atacante 3: Bruno Mendes – Afastou a desconfiança com dois gols no segundo turno. Velocidade, participações em dérbis, bom posicionamento na área e jogada aérea são quatro dos seus trunfos.

Técnico: Umberto Louzer – Perdeu a base campeã estadual e viu peças importantes caírem drasticamente de rendimento. Apesar do elenco limitado, conseguiu manter o time competitivo e precisou trocar o pneu com o carro andando. A briga pelo G4, em meio a tantos problemas, surpreende.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior, Eduardo Martins, João Marcos CarneiroLucas Rossafa/fotos: Guarani Press e Ponte Press/artes: João Marcos Carneiro)