Análise Tática Guarani: um empate para produzir dúvidas e preocupações. Para todos

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O time titular do Guarani é um castelo de cartas. Quando todos os jogadores estão disponíveis, a competição fala mais alto. Quando algum desfalque é registrado, o sofrimento do técnico Umberto Louzer é latente.

No empate sem gols com o Criciúma, nesta terça-feira, no estádio Heriberto Hulse, o quadro foi escancarado. O desfalque de Pará e a entrada de Marcílio forçou Willian Oliveira a dedicar uma atenção excessiva à marcação pelos lados.

Além do expediente não ter o resultado esperado, pois Marlon Freitas deixou e rolou no lado direito ofensivo, é bom que se diga que a sua mudança de posição forçou com que a saída de bola fosse conduzido pelos zagueiros Fabrício como Philipe Maia. Resultado: marcação adiantada e a perda da posse de bola gerava um pandemônio. Por duas vezes a casa quase caiu na etapa inicial. O show de horrores era completado com a total apatia de Rafael Longuine, o que trazia prejuízos na armação.

Justiça seja feita: a entrada de Rondinelly no lugar do camisa 10 provocou uma melhoria do controle de bola e deu confiança até para Bruno Mendes realizar o trabalho de pivô e dar espaço para Ricardinho realizar a transição da defesa ao ataque.

As entradas de Fabricio Bigode e de Caíque não impediram a saída do incomodo na defesa, cujo símbolo foi a entrada forte de William Oliveira em Marlon Freitas e que gerou a saída do atacante por lesão no tornozelo. Como fez as três substituições, o Tigre Catarinense ficou com 10 jogadores. Detalhe: um lance normal, de disputa de bola. Mas que demonstrou a dificuldade do Guarani consertar este detalhe defensivo.

Pelo contexto geral do campeonato, não é um resultado para se lamentar. Em contrapartida, conduz a conclusões duras: tanto Pará como Marcilio vão gerar dores de cabeça até o final da Série B quando o assunto for defender. E se fosse um diretor de cinema, Umberto Louzer vai torcer para contar com seus atores principais até o final das filmagens. Caso contrário, apelar para um ator canastrão será inevitável.

(análise feita por Elias Aredes Junior)