Escrevo às 12h35 desta quarta-feira, dia 26 de setembro, e, por enquanto, o técnico Marcelo Chamusca permanece como técnico da Ponte Preta, já que os canais oficiais do clube não publicaram qualquer manifestação. Mas a sua situação é insustentável. Deve sair nas próximas horas ou dias. E se continuar será um técnico frágil, sem qualquer sustentação. Por sua única culpa.
Ficou provado que Chamusca não tem perfil para técnico bombeiro. Sua característica principal é pegar o trabalho desde o começo, como fez no Guarani na terceirona de 2016 ou quando levou o Ceará à divisão de elite, pois assumiu com tempo suficiente para conhecer o elenco e impor a sua filosofia de trabalho.
Na Macaca, Chamusca comportou-se como o empreiteiro que achava viável derrubar a casa simples, porém digna, construída por Brigatti, e colocar em seu lugar uma mansão. Não conseguiu. Pior: destruiu o que havia de bom. Com cinco jogos disputados, dois pontos somados, seu aproveitamento de 13.33%, que só não é pior que Zetti – em quatro jogos no Brasileirão de 2005 não somou um ponto sequer.
No confronto diante do Brasil de Pelotas, pior do que a derrota foi assistir a um time sem uma jogada sequer, com problemas na recomposição defensiva, incapaz de pegar a segunda bola na disputa com o adversário e o mais grave: sem vibração. Com Brigatti, a Ponte Preta tinha problemas, defeitos, escalações equivocadas, mas uma equipe com alma. Chamusca, infelizmente, transformou os seus titulares muito mais em atores coadjuvantes para o seriado Walking Dead do que em integrantes de um clube de massa e com coração no bico da chuteira.
Conclusão imediata: uma decisão precisa ser tomada logo. E de imediato. Para que o novo treinador tenha tempo para trabalhar até o jogo do dia 06 de outubro contra o CRB em Campinas. Não é hora para brincadeiras.
(análise feita por Elias Aredes Junior)