Ponte Preta e uma pergunta: quando Vanderlei Pereira vai assumir sua cota de participação no fracasso de 2017?

0
1.911 views
Reinaldo Carneiro Bastos (E), presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e o diretor administrativo do Corinthians, Eduardo Caggiano, durante cerimônia de premiação do Programa de Excelência do Futebol Paulista 2016. O projeto bonifica os clubes paulistas por critérios como gestão, base, negócios e torcida.

Os últimos dias foram quentes na Ponte Preta.Reunião do Conselho Deliberativo, derrota para o Brasil de Pelotas, demissão de treinador e demora na contratação de outro profissional. Vários foram jogados aos leões. José Armando Abdalla Junior pela desastrada demissão de Brigatti e o presidente de honra Sérgio Carnielli, por sua sede de influir nos destinos do clube. E Vanderlei Pereira? Por que passa batido?

Não que os dois primeiros personagens devam ser isentados. Nada disso. Não dá para tirar a digital do ex-presidente pontepretano no atual quadro. Gastou e mal o orçamento do ano passado. Desculpem seus defensores, mas pouco importa ter sido vice-campeão paulista diante da péssima reposição do elenco e o consequente rebaixamento. Emerson Sheik era a estrela solitária de um elenco fraco, pobre e sem alternativas. O time titular era razoavel. Pouco para Brasileirão. Ninguém deu jeito.

A contradição de informações deixou Pereira em péssimos lençóis. Falava a torto e a direito nas entrevistas coletivas que o clube era superavitário, não tinha dividas e saúde de ferro. Após o rebaixamento, uma enxurrada de ações trabalhistas colocou a Ponte Preta na berlinda. Sem contar o prejuízo de R$ 10 milhões no balanço contábil e o aporte emergencial de R$ 2,3 milhões do próprio Carnielli para quitar compromissos. Como ignorar que Vanderlei teve participação no processo? Claro que não errou intencionalmente. Mas errou. Ponto.

Sorrisos secos, palavras econômicas e promessas de austeridade viram pó diante da constatação de que Vanderlei Pereira, com a anuência de Carnielli, deixou o clube em um quadro financeiro, no mínimo, ruim.

Pior ainda é ele prometer de pés juntos que se afastaria do futebol e da Ponte Preta e meses depois ser apresentado como integrante do Conselho Fiscal da Federação Paulista de Futebol.

Não basta Gilson Kleina fazer o time jogar e terminar a Série B em águas tranquilas. É preciso que todos os dirigentes assumam sua culpa por esse estado de coisas no Majestoso. A torcida pontepretana aguarda que Vanderlei Pereira venha buscar o seu quinhão neste latifúndio do fracasso.

(análise feita por Elias Aredes Junior)