A necessidade do Guarani para 2019: Jogadores com coragem e personalidade. Como Ricardinho

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Em meados de 2009, Oswaldo Alvarez foi contratado para dirigir o Guarani após o rebaixamento no Campeonato Paulista. O dinheiro era escasso, a cobrança era gigantesca e o temor era de nova turbulência na Série B do Brasileirão. Jogadores foram contratados de afogadilho e alguns nomes não agradaram a torcida bugrina, como o zagueiro Márcio Alemão, conhecido no mundo da bola pelo seu histórico de expulsões.

Antes de a bola rolar, o psicólogo João Serapião de Aguiar traçou o perfil psicológico de cada atleta. Até para definir como seriam feitas as duplas nos quartos em dias de concentração. Um belo dia, com o relatório em mãos, chamou Vadão para uma conversa e vaticinou: “Sua única preocupação será treinar. Os atletas tem bom perfil e personalidade. Podem chegar longe”.. Ao longo do campeonato, a previsão foi confirmada ponto a ponto. Tanto que naquele ano venceu os dois dérbis e empatou os confrontos com o Vasco da Gama. Não era um time talentoso, mas tinha personalidade, fibra e era unido.

Esta é a principal característica para ser buscada por Osmar Loss e os integrantes do departamento de futebol. Não há como negar que qualidade é fundamental, mas é preciso encontrar parceiros para Ricardinho, dotado de técnica, talento e personalidade.

Por que a preocupação com o perfil emocional e psicológico dos futuros reforços? Pelo calendário do Guarani em 2019. Voltará a disputar o Campeonato Paulista após cinco edições de ausência. Terá 12 jogos para conseguir pelo menos cinco vitórias para escapar do rebaixamento. Terá um dérbi na casa do adversário e vai encarar uma dinâmica de campeonato da qual nunca participou. Terá que exibir sangue frio.

Na Série B, além da qualidade do campeonato, terá que encarar a pressão diuturna por uma campanha melhor que o rival e de preferência na zona de classificação. Convenhamos: não é tarefa para atletas frouxos.

Ou seja, para 2019 mas vale um time guerreiro e eficiente, capaz de construir boas campanhas do que uma equipe técnica mas que sucumbirá perante a primeira dificuldade. Parece simples. Não é.

(análise feita por Elias Aredes Junior)