Ranking da CBF expõe avanços do Guarani. Que seriam maiores com eficiência e sem necessidade de cogestão

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A CBF divulgou na quarta-feira o seu ranking de clubes e o torcedor bugrino que realizar uma leitura pormenorizada do documento deveria perceber que mais um argumento seria colocado na mesa para se pensar duas vezes antes de adotar a cogestão como a única saída para uma agremiação que viveu anos e anos de desmandos.

É bom deixar que este Só Dérbi nunca morreu de amores pela gestão de Horley Senna e nem vislumbra muitas qualidades no Conselho de Administração comandado por Palmeron Mendes Filho. Só que os números demonstram que a organização mínima feita no Guarani, a presença de profissionais gabaritados, o auxilio de empresários como Nenê Zini em instantes esparsos ou contínuo foi decisiva para viabilizar um avanço lento e gradual no ranking.

Ao final de 2015, com mais uma frustração na Série C do Brasileiro, o Guarani estava na 46ª posição com 2649 pontos. No ano seguinte, a contratação do trio formado por Rodrigo Pastana, Marcus Vinicius Beck Lima e Marcelo Chamusca como treinador foi o suficiente para o time obter o vice-campeonato na Série C, mas terminar na 51ª colocação, uma queda proporcionada principalmente pela ausência na Copa do Brasil, o que lhe impediu de assegurar pontos.

No primeiro ano de presença na Série B e com os trabalhos de Oswaldo Alvarez, Marcelo Cabo e de Lisca, o Guarani melhorou sua posição e ficou na 48ª posição com 2619 pontos, especialmente por ter ficado na 16ª colocação da segundona.

Em 2018, a nona posição com 54 pontos na Série B fez o Guarani avançar e ficar na 44ª posição com 3107 pontos, a frente até do CSA, que ficou no grupo de classificação e tem 2850 pontos no ranking. No entanto, é bom lembrar que o acesso fez o time alagoano subir 14 posições, pois no ano passado era o 59ª. Ou seja, ter a divisão de elite no currículo faz diferença.

Analise: o Guarani obteve este tímido avanço com quadro financeiro apertado e com todas as dificuldades presentes e que todos conhecemos. Pense que existe a perspectiva de disputar a Copa do Brasil, uma nova edição de Série B e o retorno ao pelotão dianteiro do Paulistão. E com orçamento total para 2019 que poderá chegar a R$ 16 milhões. Será que com eficiência, organização e determinação não é possível conseguir avançar ainda mais e com as próprias pernas? O Guarani precisa parar com a crise de autoestima e acreditar mais em si, na sua história e na sua força. Não sou eu que faz esse alerta. São os números. Não quer acreditar? Lamento.

(análise feita por Elias Aredes Junior)