Por motivos profissionais não pude comparecer na terça-feira ao lançamento do livro “Majestoso 70”, obra feita para relatar a epopeia de construção e os feitos ocorridos no estádio Moisés Lucarelli, a casa da Ponte Preta.
Se abraçasse a monotonia e a escrita mecânica, bastava ditar algumas linhas contidas na obra, um serviço sobre preço e editorial e fim de papo. Neste texto, quero fazer diferente. Quero falar do autor. Stephan Campineiro. Não tive a chance de folhear seu último trabalho, como lhe vi pouquíssimas vezes pessoalmente. No entanto, por sua conduta profissional eu cravo: vá a próxima livraria e adquira um exemplar. Correndo.
Stephan Campineiro é um jornalista que dedica o seu ofício para contar a história do clube do coração. Fez um relato da história da Ponte Preta, desnudou a trajetória de Dicá e agora do Majestoso. Trabalhos profundos, dotados de pesquisa, imagens e com revelações. O prazer de deixar um legado a torcida e aos seus filhos moveu Sthepan. Impossível ignorar que isto foi feito sem um níquel de interesse em explorar o clube. Pelo contrário.
Sthepan trabalha em outra empresa, percorre as estradas da região todos os dias para seus afazeres profissionais e ainda é capaz de sacrificar horas e mais horas de lazer com a família para servir a milhares de anônimos que sentam nas arquibancadas e são sedentos em conhecer mais e mais a história tão singular e linda da Alvinegra.
Em uma época em que infelizmente alguns cronistas esportivos enveredam-se pelo caminho da vaidade, da prepotência ou da busca desesperada pelo dinheiro, sem se importar com o sentimento e o sofrimento do torcedor, é alentador saber que alguém ainda ama o futebol sem querer nada em troca.
Quando você for a livraria e adquirir um exemplar de “Majestoso 70” não esqueça: sua atitude dará combustível para manutenção do trabalho de alguém competente, determinado, apaixonado pela Ponte Preta e com o único sonho de contar outras histórias e que de preferência tenham final feliz. Vale a pena investir nesse sonho e no trabalho de Sthepan Campineiro, um camisa 10 do jornalismo esportivo campineiro. E que merece palmas. De pé.
(artigo de autoria de Elias Aredes Junior)