O artigo do colaborador André Gonçalves neste Só Dérbi deu o que falar. Horas depois de sua publicação, o diretor financeiro da Ponte Preta, Gustavo Valio, entrou em contato conosco para requisitar um texto de esclarecimento sobre informações que para ele estavam equivocadas. Pedido feito e atendido.
Após o direito de resposta, Gonçalves enviou uma réplica sobre o assunto. Confira:
“Em nenhum momento foi dito que o contrato estava vigente.
A Ponte teve contrato com a Contra Ataque por 2 anos aproximadamente.
O fato é que, embora eles tentem, não é possível desvincular qualquer gestão dos últimos 22 anos com a atual.
Portanto, por mais que neguem, o departamento de base foi terceirizado sim e as consequências podemos perceber há anos. Como exemplo, as últimas campanhas na Copa São Paulo de Jrs. Há anos não fazemos campanha digna de nossas tradições.
Do time que disputou as finais do Paulista Sub-15 e Sub-17, quais subiram para o profissional e/ou serão aproveitados em categorias acima das citadas?”
Já está marcada uma entrevista com Gustavo Valio assim que desembarcar do torneio na China para aprofundarmos o assunto.
Após ler todos esses argumentos quero colocar minha visão sobre as categorias de base da Ponte Preta.
Primeiro ponto de abordagem é que algo precisa ser feito. Urgente. Não fiquem entusiasmados com as performances do goleiro Ivan ou do lateral direito Emerson na Seleção Brasileira Sub-20 ou no Atlético Mineiro. São exceções que confirmam a regra. Hoje, a Macaca revela atletas de capacidade mediana. Podem servir para compor banco de reservas em times que sonham com a zona intermediária da Série B, nunca para quem tem ambição de retornar a divisão de elite do futebol brasileiro.
É preciso intensificar ou alterar o método de captação de atletas para ocorrer um ganho de qualidade em médio e longo prazo.
Outro ponto não pode ser jogado as traças. Cada clube tem sua característica, sua forma de administrar. E no caso da Ponte Preta, pelo menos nas categorias de base, a competência precisa vir acoplada com o conhecimento do clube e do seu perfil. Por que Leandro Zago deixou saudades?
Porque aliava modernidade com sensibilidade para reconhecer o que desejava e queria a torcida, além de utilizar métodos modernos de fundamento para trabalhar jogadores que exibiam potencial.
Concordo de que seja necessária uma reformulação. Colocação de gente competente, honesta e comprometida e espero que seja o perfil do novo gestor Fábio Barrozo. Que aliás, com todo o respeito, precisa esclarecer a comunidade pontepretana os fatos negativos relacionados a ele durante sua passagem no Corinthians. Já falou sobre o tema? Sim. Mas nunca é demais aparar toda e qualquer aresta.
No final, que tudo isso produza jogadores de qualidade e comprometidos com a Ponte Preta. Chega de remendo.
(análise feita por Elias Aredes Junior)